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SÃO PAULO – O plano de capitalização dos bancos europeus, que tem sido especulado e fora confirmado nessa quinta-feira (6), deverá ser feito com dinheiro público de cada país. Isso pode ter como consequência uma forte expansão nos gastos fiscais dos países do velho continente, afirmou a Banco Fator Corretora, correndo em direção do problema que gostaria de ser evitado.
Os economistas José Francisco Gonçalves, Luis Fernando Azevedo e Armênio Westin lembram essa é uma saída que poderia evitar a crise. Mas, pelo fato de não ser uma operação de mercado, dinheiro público terá de ser utilizado para tal. Sendo as instituições que poderiam fazer isso, o EFSF (European Financial Stability Facility) e o FMI (Fundo Monetário Internacional), sem tamanho ou apoio necessário para esse feito, só resta dinheiro de cada país para realizar o aporte.
A intenção de impedir que a crise gere um evento de crédito, como em 2008, é válida, mas díficil de ser posta em prática. Uma falta de coordenação poderia gerar uma ruptura na Zona do Euro, e só através da coordenação que esse tipo de plano pode funcionar. Outras medidas especuladas, como a criação de um “esquema Ponzi” com empréstimos ao EFSF para a compra de títulos de países em dificuldades, um regime fiscal único para a Zona do Euro ou a saída da Grécia da união monetária, também teriam suas limitações, lembram os economistas.
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Seja como for, a verdade parece ser uma só: sacrifícios têm de serem feitos para uma solução da crise ser encontrada. Se uma medida não for tomada em breve, o destino pode ser a liquidação dos ativos desvalorizados, o que se não quebrasse as instituições que os possuíssem, levaria a uma contração dos ativos do sistema bancário, “talvez a penúltima coisa que a economia do Euro precise hoje”.
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