Quais serão as sinalizações econômicas se Marina for candidata a presidente?

Candidata é vista como comprometida com políticas fiscal e monetária ortodoxas e que as deixaria nas mãos de ministros com experiência de nível superior

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Mesmo com os conflitos entre Marina Silva e o PSB, que pode fazer com que a ex-senadora não seja candidata à presidência da república, o mercado já repercute uma possível candidatura dela à presidência após a tragédia aérea que levou à morte de Eduardo Campos. 

Mas, em termos econômicos, o que Marina Silva sinaliza? Marina é mais conhecida do público por ser uma ativista, foi ministra do Meio Ambiente durante o governo Lula e foi candidata do Partido Verde à presidência em 2010, com um discurso anti-corrupção. Há quatro anos, ela obteve uma expressiva votação de 20 milhões de votos, também angariando o eleitorado evangélico. 

Porém, conforme aponta o Citi Research, no ambiente econômico, Marina Silva é vista como comprometida com políticas fiscal e monetária ortodoxas e que as deixaria nas mãos de ministros com experiência de nível superior. 

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Seu mais conhecido assessor econômico, professor Eduardo Gianetti, descreveu em junho um quadro político que deixaria o Banco Central potencialmente independente, forçaria a inflação de volta ao centro da meta, e faria o superávit primário do setor público voltar ao nível que possibilitaria retomada da tendência de queda da dívida líquida sobre o PIB. 

Aliás, Giannetti da Fonseca é um dos nomes que deve ganhar destaque caso Marina entre na disputa. Ele foi um dos economistas que ajudou a montar o programa de Marina Silva à presidência, antes do partido da ex-senadora, a Rede Sustentabilidade, não conseguir se registrar em outubro de 2013 e seguiu assessorando a dupla Campos-Marina.

Em julho, durante conferência, Giannetti havia tecido críticas bastante fortes ao governo atual e traçado três cenários para o pós-eleições. “No primeiro cenário, de reeleição, se reconhecerá os erros cometidos e se tentará mudar, sem choques expressivos, mas com correção nos preços tarifários represados e assim se conseguirá corrigir. No segundo cenário de reeleição, caso persista a manutenção da política econômica atual, poderemos assistir a uma piora substancial do país e poderemos até mesmo dançar um ‘tango argentino’. No terceiro cenário, com a vitória da oposição, poderemos assistir a novas medidas para se solucionar os pontos falhos”.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.