Publicidade
SÃO PAULO – A intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, iniciada nesta semana com autorização do Congresso Nacional, deslocou a agenda governista do ajuste fiscal, em um momento em que a reforma da Previdência naufragava pela falta de votos entre os deputados, para a pauta da segurança pública, uma das principais demandas de boa parte dos brasileiros.
Com o pano de fundo da ainda nebulosa disputa eleitoral, crescem as especulações em torno dos interesses específicos do presidente Michel Temer com a iniciativa e até os possíveis efeitos das medidas sobre a corrida ao Palácio do Planalto.
O Rio de Janeiro não é o estado brasileiro com os piores índices de violência, assim como já foi alvo de outras iniciativas militares (não exatamente da natureza da atual, é verdade), incapazes de oferecer uma perspectiva alentadora a um problema crônico de boa parte do país no longo prazo. Ainda assim, o estado agora conviverá com tropas das Forças Armadas nas ruas até o fim de dezembro, sob a promessa de maior tranquilidade à população.
Masterclass
O Poder da Renda Fixa Turbo
Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Quer investir em ações pagando só R$ 0,80 de corretagem? Clique aqui e abra sua conta na Clear
Mas qual seria a eficácia deste tipo de iniciativa? O que se espera de efeitos para o curto prazo na segurança pública do Rio de Janeiro e estados vizinhos? É possível vislumbrar algum efeito de longo prazo? Quais são os riscos da operação? O que os especialistas dizem acerca da estratégia adotada? Até que ponto Michel Temer pode conquistar capital político com a ofensiva contra as organizações criminosas?
Para responder a essas e outras perguntas, o programa Conexão Brasília recebeu Daniel Cerqueira, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada), coordenador do Atlas da Violência e conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Assista a íntegra da entrevista:
Continua depois da publicidade