Quaest: Pesquisa pós-anúncio mostra Flávio à frente da direita, mas distante de Lula

Senador estreia como principal nome da direita, com 23% no 1º turno, mas perde do presidente no 2º

Marina Verenicz

Senador Flávio Bolsonaro participa de uma vigília após a prisão de Bolsonaro pela Polícia Federal, encerrando meses de prisão domiciliar, em Brasília, Brasil, em 22 de novembro de 2025. REUTERS/Mateus Bonomi
Senador Flávio Bolsonaro participa de uma vigília após a prisão de Bolsonaro pela Polícia Federal, encerrando meses de prisão domiciliar, em Brasília, Brasil, em 22 de novembro de 2025. REUTERS/Mateus Bonomi

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A primeira pesquisa Genial/Quaest após o anúncio oficial de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como candidato à Presidência em 2026 indica que o senador largou competitivo na disputa, mas ainda distante de ameaçar a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No cenário de primeiro turno, Flávio aparece com 23% das intenções de voto, atrás de Lula, que lidera com 41%, e à frente de outros nomes do campo da direita.

O desempenho consolida Flávio como o principal herdeiro eleitoral de Jair Bolsonaro neste momento do calendário pré-eleitoral, superando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que soma 10%.

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A vantagem sugere que o sobrenome Bolsonaro segue sendo um ativo relevante para mobilizar o eleitorado conservador logo após a oficialização da candidatura.

Apesar disso, o cenário de segundo turno ainda mostra dificuldades para o senador. Em uma disputa direta contra Lula, Flávio perderia por 46% a 36%, segundo a Quaest, uma diferença que ultrapassa a margem de erro e indica resistência do eleitorado mais ao centro e fora do núcleo bolsonarista.

Os números sugerem que, embora Flávio tenha conseguido concentrar rapidamente parte expressiva da direita, o desafio passa a ser ampliar sua base além do eleitor fiel ao bolsonarismo, especialmente em um ambiente em que Lula mantém vantagem em diversos cenários.

A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 eleitores entre os dias 11 e 14 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.