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A maioria dos brasileiros avalia que Jair Bolsonaro errou ao indicar o filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como candidato à Presidência da República em 2026, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (16).
Entre os entrevistados, 54% consideram a decisão um erro, contra 36% que classificam como um acerto do ex-presidente. Outros 10% não souberam ou não quiseram opinar.

Perguntados sobre qual deveria ter sido a indicação de Bolsonaro, 19% apontaram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, 16% o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, e 11% o governador do Paraná Ratinho Jr.
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O levantamento mostra que a indicação enfrenta resistência não apenas entre eleitores que se posicionam fora do campo bolsonarista, mas também gera divisão dentro do próprio eleitorado alinhado ao ex-presidente. Entre os entrevistados que consideram a indicação um erro, parte relevante afirma que Bolsonaro deveria ter escolhido outro nome para representá-lo na disputa presidencial.
Questionados sobre o impacto da indicação em sua decisão de voto, 62% dos entrevistados afirma que não votaria em Flávio Bolsonaro de jeito nenhum ou que precisaria avaliar melhor o perfil do senador antes de considerá-lo como opção. Apenas 13% declara disposição imediata para votar nele exclusivamente por se tratar de uma indicação de Jair Bolsonaro.

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A pesquisa também mediu o grau de conhecimento do eleitorado sobre a escolha de Flávio como candidato. O resultado indica que 39% dos brasileiros ainda não havia tomado conhecimento da decisão no momento da entrevista, o que sugere que a candidatura ainda não está plenamente incorporada ao debate público.
O apoio declarado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, à candidatura de Flávio Bolsonaro também foi divisivo, com o mesmo percentual de 42% considerando a decisão erro e acerto.
O levantamento ainda testou a reação do público às decisões dos governadores Ronaldo Caiado (GO) e Romeu Zema (MG) de manterem suas próprias candidaturas à Presidência. Nesse ponto, prevalece a avaliação de que ambos acertaram ao não recuar, reforçando um cenário de fragmentação no campo da direita para 2026.
A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.004 pessoas presencialmente entre os dias 11 e 14 de dezembro, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.