PT x PSDB é o cenário mais provável para o segundo turno na eleição, diz cientista político

A avaliação, contudo, não é consenso no meio político. Ainda há quem questione a força que terão instrumentos tradicionais de campanhas em uma disputa com tamanho desencanto do eleitor com a política

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – O apoio do “blocão” à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) e o isolamento de Jair Bolsonaro (PSL), à direita, e Ciro Gomes (PDT), à esquerda, fizeram com que uma reedição do tradicional segundo turno entre PT e PSDB voltasse a ganhar força no banco de apostas para a corrida presidencial.

Para o economista e cientista político Ribamar Rambourg, convidado do último programa Conexão Brasília, este seria hoje o cenário mais provável para outubro. Isso porque a falta de estrutura, recursos e exposição no rádio e na TV pode pesar sobre as candidaturas do deputado federal e do ex-governador do Ceará.

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“Ciro sem blocão fica em uma situação muito mais complicada, fica muito mais vulnerável a ataques do PT que virão. O PT está jogando pesado para conquistar o PCdoB e ao menos levar o PSB à neutralidade”, afirmou.

Por mais improvável que seja considerada a candidatura do ex-presidente Lula, seu elevado poder de transferência de votos pode colocar um herdeiro político do líder petista no segundo turno, sobretudo quando as candidaturas que disputam o eleitorado na esquerda não contam com estrutura similar.

Na avaliação do especialista, um dos motivos que levaram o “blocão” a fechar apoio com Alckmin e abandonar o pedetista foi a percepção de que o tucano seria mais viável eleitoralmente, embora hoje pontue menos nas pesquisas de intenção de votos.

Do outro lado, apesar de liderar a disputa no cenário em que a candidatura de Lula não é considerada, Bolsonaro enfrenta dificuldades em avançar sobre outras faixas do eleitorado. Sem estrutura partidária e tempo na televisão, o deputado pode ver os riscos à sua candidatura crescerem.

A avaliação, contudo, não é consenso no meio político. Ainda há quem questione a força que terão instrumentos tradicionais de campanhas em uma disputa em que o desencanto com a política atinge proporções muito elevadas.

Confira a íntegra do programa no vídeo abaixo:

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.