PSB confirma pesquisa e não descarta sondar Renata para cargo de vice

Além de indicar vitória de Marina no 2º turno, levantamento da sigla teria averiguado que nome da viúva como companheira de chapa da ex-senadora seria bem recebido pela maioria do eleitorado.

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A pesquisa encomendada pelo PSB um dia após a trágica morte do presidenciável Eduardo Campos não esclareceu apenas que Marina Silva é a melhor opção para substituir o ex-governador de Pernambuco na chapa presidencial do partido. O levantamento também teria sondado sobre a possibilidade de a viúva Renata Campos sair como candidata à vice-presidência. De acordo com fontes da sigla, a hipótese foi bem recebida pela maioria dos 30 mil eleitores entrevistados na pesquisa.

A leitura teria feito o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, ceder à nomeação de Marina e encorajado os membros da alta cúpula do partido a sondar Renata para a vaga de vice-presidência na chapa. O apelo emocional da indicação da viúva de Campos também estaria motivando a legenda a optar por este caminho. Muito ligada ao marido, Renata poderia ser convencida a partir do argumento de que poderia dar sequência ao sonho político de Campos. 

De acordo com Amaral, a candidatura de Marina é endossada por todos os consultados pela direção do partido, mas a definição deve ser anunciada apenas na quarta-feira, quando a Executiva da sigla se reunirá.

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O líder da bancada do PSB na Câmara, Beto Albuquerque, foi contundente ao afirmar que Marina é a melhor opção para substituir Campos. “Ela vai honrar o legado de Eduardo. Marina não é mulher de fugir da luta.Ela estava alinhadíssima com Campos, será nossa timoneira e é a melhor escolha para seguir a estratégia que eles tinham estabelecido”, pontuou.

Sondado sobre a possibilidade de Renata ser a companheira de chapa da ex-senadora, Albuquerque disse que a hipótese está sendo analisada, mas que o partido ainda não sondoua esposa sobre o assunto. “Este seria o quadro perfeito, com muita projeção, mas não sei se ela aceitaria ocupar essa posição neste momento”, relatou o deputado federal.

De acordo com informações publicadas neste sábado pelo blog Radar on-line, da revista Veja, a pesquisa do PSB mostra que Dilma Rousseff (PT) estaria liderando em um eventual primeiro turno e que Marina aparece ligeiramente à frente de Aécio Neves, do PSDB, configurando um empate técnico. Em um eventual segundo turno, Marina estaria à frente da candidata petista, embora também dentro de um cenário de empate técnico. 

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E, ao contrário do informado mais cedo pela Folha de S. Paulo, não há impedimentos legais para que a viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, dispute a eleição presidencial deste ano na chapa de Marina Silva.

Em conversa com o jornal O Estado de S. Paulo, o presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de Pernambuco, Valdecir Paschoal, afirmou que Renata Campos está licenciada do cargo de auditora. Pelas regras eleitorais, servidores públicos podem ser candidatos desde que se afastem com antecedência mínima de três meses da eleição, caso de Renata.

O presidente do tribunal de contas ressaltou que ela não trabalhou nenhum dia nos últimos quatro meses. Porém, de acordo com informações da coluna Radar de Lauro Jardim, da Veja, a possibilidade que ela concorra é zero.

Desta forma, com Marina Silva praticamente definida como candidata à presidência, a questão agora fica para quem será o vice. O PSB deseja que seja alguém com uma ligação orgânica com o partido e defenda o projeto de Campos. Em entrevista à Reuters, o líder da bancada do PSB na Câmara afirmou que Marina sinalizou assumir a candidatura e uma reunião da comissão executiva do partido na próxima quarta­feira definirá também o nome do candidato à vice, que fará chapa com Marina.

O próprio Albuquerque é um dos que tem maiores chances de ser candidato a vice. A lista inclui nomes deputados federais Julio Delgado (MG) e Luiza Erundina (SP), além da senadora Lídice da Mata (BA) e Maurício Rands, ex­ministro da Integração Nacional.

Rands ingressou no PSB somente em outubro passado e antes estava filiado ao PT. Bezerra e Delgado, por sua vez, têm pouca ou nenhum proximidade com Marina, o que os desfavoreceria nessa disputa. Albuquerque teria uma relação mais próxima à Marina, mas não quis comentar à Reuters a possibilidade de assumir a vaga.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.