“Próximos 2 anos serão mornos para economia brasileira”, diz Mendonça de Barros

Em palestra, Mendonça de Barros destacou que governo concentrará os seus esforços em investimentos em infraestrutura, após fim do ciclo de crescimento, que durou 16 anos

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O  CEO (Chief Executive Officer), estrategista da Quest Investimentos e ex-presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Luiz Carlos Mendonça de Barros, destacou que os dois próximos anos para o Brasil será de crescimento fraco, uma vez que o País terá que passar por um crescimento mais estrutural.

Em palestra realizada pela corretora Um Investimentos, no evento “Retomada ao Topo”, Mendonça de Barros destacou acreditar que houve um esgotamento no modelo de crescimento brasileiro que, nos últimos anos, foi muito baseado no consumo e em pouco investimento. “Neste momento, o Brasil passa pelo esgotamento de um período de 16 anos de crescimento, entre os governos Fernando Henrique Cardoso e Lula”, destacou. 

Com isso, as taxas de crescimento, que eram de cerca de 3,2% por ano no governo Lula, entre 2003 e 2010, passaram a registrar uma expressiva desaceleração nos anos seguintes. De acordo com Mendonça de Barros, o governo Lula “surfou” num ambiente de positividade, principalmente com o boom exportador de commodities para a China, aproveitando para incluir boa parte da população no ambiente econômico. 

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Agora, avalia, com o crescimento menor e com o esgotamento da capacidade de oferta, nota-se que há uma mudança no pensamento econômico do governo, que deve partir para maiores investimentos de infraestrutura e que demonstra maior preocupação com a inflação. Neste sentido, Mendonça de Barros defendeu que as rodadas de privatizações são positivas para ativar a infraestrutura do País.

“Os próximos dois ou três anos devem ser bem menos brilhantes para a economia brasileira, com o governo devendo investir mais e se baseando menos no consumo”, destacou. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.