Próxima semana terá mais emoções com “lutas” de Temer pós-TSE e alta de juros nos EUA

Enquanto no Brasil o mercado segue atento à sobrevivência do presidente no poder, no exterior o destaque será a reunião do Fomc

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Passada uma das semanas mais agitadas deste primeiro semestre e com a vitória do presidente Michel Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o mercado agora se volta para o futuro do peemedebista e como irá seguir seu governo a partir de agora. Enquanto isso, no exterior, atenção fica toda voltada para a reunião do Fomc (Federal Open Market Committee).

A partir de agora, três pontos serão foco do governo: o andamento das reformas, a decisão sobre o desembarque do PSDB da base aliada e uma possível denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer. No caso dos tucanos, ocorre na segunda-feira (12) uma reunião que pode definir a saída do partido do governo, o que pode enfraquecer bastante o presidente.

Enquanto isso, o peemedebista já se prepara para uma nova batalha: a provável denúncia do procurador-geral da República. Segundo a Folha de S. Paulo, aliados de Janot afirmam que o Ministério Público Federal está focado em construir uma denúncia consistente o suficiente para acusar o presidente de atuar como “chefe de organização criminosa”.

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Do outro lado, aliados do peemedebista dizem estarem preparados para uma escalada no tom da PGR e se armam para apontar suposta “violência processual” de Janot, criticando seu “rito” e sua “pressa”. E com esse novo foco de tensão, segundo o jornal, Temer teria decidido adiar a votação das reformas da Previdência e trabalhista, com a primeira ficando para agosto e a segunda para o fim deste mês.

No exterior, o destaque fica para a reunião do Fomc, que o mercado já dá como certo uma alta de 25 pontos-base na taxa de juros. O comunicado deve ser, como sempre, objeto de expectativas, ainda que a maioria dos investidores não mostre apreensão com o ajuste dos juros, que, na visão do mercado, deve seguir gradual. Vale destacar que esta é uma das reuniões conhecidas como “3 em 1”, onde além da decisão também serão apresentadas as novas projeções do Federal Reserve e terá uma coletiva da presidente Janet Yellen.

Na agenda de indicadores, além do Fomc, ainda serão apresentados os dados de inflação e vendas no varejo nos Estados Unidos, todos antes da decisão de política monetária. Na China, cujos dados positivos de balança nesta semana não empolgaram o mercado, haverá a divulgação de dados de varejo e produção industrial na terça-feira à noite.

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No Brasil, o principal indicador será o IBC-Br – considerado uma prévia do PIB – na sexta-feira (16) às 08h30. Vale lembrar ainda que a B3 ficará fechada na quinta-feira (15) por conta do feriado de Corpus Christi, mas que o investidor precisará ficar atento aos ADRs das companhias brasileiras no exterior, já que Wall Street irá funcionar normalmente.

Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.