Provável substituto de Joaquim Barbosa explica vídeo em que pede votos para Dilma

Indicado pela presidente à cadeira do STF deixada vaga por Barbosa, Luiz Edson Fachin diz que estava exercendo a cidadania em filmagem que passou a circular na internet; veja o vídeo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – “Tenho em minhas mãos um manifesto de centenas de juristas brasileiros que tomaram lado. Apoiamos Dilma”, diz o advogado Luiz Edson Fachin no início do vídeo de 2010 no qual pede votos para a presidente Dilma Rousseff (PT). Um pouco menos de cinco anos depois, contudo, Fachin está tendo que se explicar sobre o episódio. Isso porque ele foi indicado na última terça-feira justamente pela presidente Dilma para assumir a vaga de Joaquim Barbosa no STF (Supremo Tribunal Federal). 

O jurista se explicou e buscou minimizar o ocorrido, dizendo na quarta-feira (15) no Senado que estava apenas exercendo a sua cidadania, mas que vai saber diferenciar os momentos quando for ministro do STF.

Senadores que serão responsáveis por sabatinar Fachin têm questionado a isenção do advogado para julgar políticos ligados ao PT caso ocupe a vaga na corte mais alta da Justiça brasileira. Além do apoio demonstrado à atual presidente, ele também é conhecido por ser simpático a movimentos historicamente ligados ao partido como a CUT (Central Única dos Trabalhadores). 

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Ontem à tarde, o advogado se reuniu com o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB), para conversar sobre a sabatina que deverá ocorrer no dia 29, de acordo com informações do Estado de S. Paulo. Ele explicou que será neste momento da sabatina que irá prestar todos os esclarecimentos a respeito do caso. 

O ministro do STF, Teori Zavascki, elogiou o novo nome e disse que Fachin é uma pessoa de “ótima formação, bom trato e muito boa convivência”. “Eu tenho certeza de que ele irá qualificar o Supremo Tribunal Federal”, afirma o ministro. 

Caso tenha sua indicação aprovada pelo Senado, Luiz Edson Fachin ocupará a cadeira que foi deixada vaga com a saída de Joaquim Barbosa no ano passado. Com isso, ele pode se tornar o quinto dos 11 membros do Supremo a ser nomeado pela presidente Dilma, ao lado de Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Luis Roberto Barroso. Ainda compõem a corte o seu decano, Celso de Mello, indicado por José Sarney, além de Marco Aurélio Mello (Fernando Collor), Gilmar Mendes (Fernando Henrique Cardoso), Ricardo Lewandowski (Lula) e Cármen Lúcia (Lula).  

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Confira o vídeo em que Fachin apoia a Dilma, de 2010: