Propina de R$ 6 milhões a Lula e Gilberto Carvalho era chamada de “café”, diz MPF

Segundo os investigadores, os valores eram pagos pela montadora Caoa, mas distribuídos pela empresa M&M, de propriedade de Mauro Marcondes

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Na denúncia que apresentou contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção passiva no âmbito da Operação Zelotes, o Ministério Público Federal ressaltou manuscritos apreendidos junto ao lobista Alexandre Paes dos Santos que demonstrariam suposto pagamento de propinas ao ex-ministro Gilberto Carvalho, em benefício ao petista.

Os valores chegam a R$ 6 milhões, em troca da concessão de benefícios a empresas do setor automotivo na edição da MP 471, que prorrogou incentivos fiscais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os recursos também foram usados para comprar o cancelamento de um débito de R$ 265 milhões em recurso no Carf.

Segundo os investigadores, os valores eram pagos pela montadora Caoa, mas distribuídos pela empresa M&M, de propriedade de Mauro Marcondes. Além do lobista, também figuram como intermediários do esquema o ex-conselheiro do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) José Ricardo Silva.

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Em um manuscrito apreendido pelo MPF com o lobista Alexandre Paes, conforme aponta o jornal O Estado de S. Paulo, havia o registro: “Café: Gilberto Carvalho”. Segundo os investigadores “é público e notório que a expressão ‘café’, na gíria brasileira, significa ‘propina'”. Os procuradores também chamam atenção para o fato de a MP ter tramitado com celeridade no parlamento.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.