Promotores alvo de investigação e Toffoli no comando do STF: o que isso significa para a política?

William Waack comenta acontecimentos recentes na política, que mostram que ainda há muito caminho a ser percorrido antes da tão esperada pacificação

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A decisão do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) de investigar os promotores dos casos dos presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) gerou muita polêmica e uma reação bastante rápida da Operação Lava Jato. A discussão em questão é se a ação de procuradores está interferindo e, mais do que isso, se tem a intenção de interferir no processo eleitoral de alguma maneira.

Neste sentido, o jornalista William Waack questiona em seu comentário: qual é o entendimento que os procuradores têm em geral da política no País? Ele aponta que há um entendimento antigo já de que, para o MP, a sociedade é hipossuficiente, não tendo como se defender sozinha dos políticos. Estes, entregues a si mesmo, sem controle externo, sempre articulam algo em interesse próprio e contra os interesses da sociedade, percepção esta que tem levado a reações de uma parte dos políticos. 

“Quem quer impor limites quer proteger corruptos ou está vendo rompimento do estado de direito? Essa discussão não tem fim no Brasil e está ficando cada vez maior”, avalia William Waack. 

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No meio dessa disputa, avalia Waack, tomará posse hoje um novo presidente do STF, evento este que não merecia tanto destaque quando a Suprema Corte era um colegiado, algo que já não é mais. O novo presidente da Corte é Dias Toffoli, que possui “velhas e conhecidas ligações com o PT, mas já adotou sinais de que não pretende colocar nenhuma medida polêmica em pauta enquanto durar o processo eleitoral”, destaca.

Assim, o que está em jogo no final – com o novo presidente do STF indicando que vai “tirar todo o ar quente do balão que está prestes a romper, que é o balão da ácida disputa do que está em jogo” – é definir o poder de cada um dos poderes. “Não é uma questão fácil, na verdade acrescenta mais um componente de instabilidade e turbulência nesse longo caminho, inclusive no pós-eleições”, conclui. Confira o comentário completo no vídeo acima. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.