Promessa de novas eleições pode dar mais 4 votos a Dilma contra impeachment, diz Folha

A despeito das esperanças, a preocupação dos aliados é com a própria postura do ex-presidente Lula, que não tem mostrado disposição em mobilizar esforços pela campanha

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A proposta de que sejam convocadas novas eleições presidenciais até o fim deste ano caso a presidente afastada Dilma Rousseff retorne ao comando do país volta a ganhar força no meio político. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o plano já teria conquistado pelo menos mais quatro votos de senadores que apoiaram o afastamento da petista na primeira etapa do processo na casa. Com isso, a campanha por “diretas já”, calculam parlamentares petistas, conseguiria reverter o impedimento definitivo de Dilma e retirar Michel Temer da presidência interina.

A despeito das esperanças, a preocupação dos aliados é com a própria postura do ex-presidente Lula, que não tem mostrado disposição em mobilizar esforços pela campanha. Para alguns petistas, conta a jornalista, o cenário de “sangria” do peemedebista no comando do país poderia ser mais interessante ao partido em um momento de grave crise econômica. Com isso, o partido em oposição aguerrida pode se recompor para as eleições de 2018 e conquistar um resultado menos ruim no pleito deste ano, em meio à crise vivida pela sigla.

Conforme apontou reportagem do UOL na véspera, Lula disse considerar estar “cedo” para pensar na eleição presidencial de 2018. Despistando se lançará ou não sua candidatura, o petista disse que há muitas pessoas “boas” e “novas” para disputar o pleito, e que ele estaria em idade para se aposentar. De todo modo, o ex-presidente defendeu o retorno de Dilma Rousseff à presidência para que ela possa “corrigir equívocos” cometidos nos últimos anos.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.