Produção partilhada do pré-sal pode ser uma sobrecarga para Petrobras, diz Itaú

Analistas dizem que novas reservas são sempre positivas, mas estatal pode ter mais em mãos do que consegue lidar

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SÃO PAULO – A Itaú Corretora avaliou a aprovação na Câmara dos Deputados do projeto de lei da produção partilhadaAnalistas, para exploração do pré-sal, como sendo desfavorável para a Petrobras (PETR3PETR4). Cabe lembrar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda tem que aprovar o projeto. 

Segundo os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes, o governo deve anunciar em breve a primeira rodada de ofertas com o primeiro bloco contendo o campo de Libra. Nesse sentido, a Petrobras contribuirá, obrigatoriamente, com participação de 30% no consórcio vencedor, e, como operadora, “dedicar esforços para explorar esta área”, diz a corretora.

“Novas reservas sempre representam uma boa notícia, porém neste momento, acreditamos que a Petrobras tem mais do que consegue lidar em suas mãos”, concluiu a equipe.

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A corretora manteve a recomendação de market-perform (desempenho em linha com a média do mercado) para os papéis preferenciais da companhia, com um preço-alvo para o final de 2011 de R$ 38,20, o que representa um potencial de valorização de 50,4% frente ao fechamento anterior.

Entenda o que prevê a Lei da Produção Partilhada
De acordo com o projeto de lei, as novas áreas consideradas estratégicas – “basicamente o pré-sal”, explica a corretora – não seguirão o regime de concessões, sendo então leiloadas sob o regime de produção partilhada. Com o novo regime, a Petrobras será a responsável por operar todos os blocos do pré-sal e terá participação de 30% em qualquer consórcio cujo lance vença o leilão.

Para a corretora, essa nova medida não apresenta novidade em relação ao projeto que passou pelo Senado, ficando pendente a questão da parcela de royalties entre estados produtores e não produtores, que pode ser vetada pelo presidente Lula. 

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Ainda assim, os analistas apontam que há inúmeras incertezas em relação aos fundamentos econômicos do projeto, pois ele prevê que os termos e condições de cada contrato de produção partilhada, especificamente o petróleo de custo e petróleo de lucro, sejam definidos em uma base “caso-a-caso” pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), porém a parcela do governo deverá aumentar.

“Nos parece muito difícil de acreditar que o governo tenha promovido uma alteração tão grande no marco regulatório para manter o mesmo nível de taxação”, afirmaram os analistas. 

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