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Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro consideraram a decretação de prisão domiciliar pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, uma “vingança política”.
O deputado Nikolas Ferreira criticou a decisão em publicação na rede social X. Ferreira questionou a decretação da prisão domiciliar e afirmou: “Motivo: Corrupção? Rachadinha? Desvio de bilhões? Roubou o INSS? Não. Seus filhos postaram conteúdo dele nas redes sociais. Que várzea!!.
Em postagem também no X, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido do ex-presidente na Câmara, afirmou: “Isso não é justiça, é vingança política”. “Ditadura declarada: Bolsonaro preso em casa por ordem de Moraes. O que mais falta acontecer? Tentaram matá-lo. Perseguiram sua família. Proibiram-no de falar. Agora o trancam dentro da própria casa, como um criminoso”, escreveu.
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No Senado, Carlos Portinho (PL-RJ) afirmou que o Brasil vive um estado de exceção e pediu apoio para o impeachment de Moraes. “A luta agora é pelas cinco assinaturas que faltam para o pedido de impeachment protocolado no final do ano passado. Nunca estivemos tão próximos”, disse Portinho.
Já a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) disse não estar surpresa e pediu resiliência a Bolsonaro: “Já esperávamos que ele fizesse isso. Mas, Bolsonaro, fica firme. Aguenta mais um pouco. O Brasil está acordando, o mundo está acordando”.
Outros parlamentares, como o senador Esperidião Amin (PP-SC), também questionaram a imparcialidade do ministro e a legalidade da decisão. “Essa prisão a prestações que ele está aplicando no Bolsonaro, e que não surpreende ninguém, está aviltando a figura do juiz e do Judiciário brasileiro”, disse Amin.
O presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, se disse “inconformado”, em post no Instagram.

“Não tinha jeito”
Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, elogiou a decisão de Moraes. “Ele não tinha jeito. Ia ficar descumprindo, provocando o tempo inteiro. Então, acho que a decisão é correta”, disse, também em postagem nas redes sociais.
“Além disso, (Eduardo Bolsonaro) segue promovendo sanções estrangeiras contra o Brasil e atentando contra a soberania nacional em articulação com atores políticos internacionais.”
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O parlamentar também afirmou que a “resposta do Supremo foi proporcional à gravidade dos atos”.
“A prisão domiciliar visa conter o comportamento reiterado de afronta às instituições e proteger a ordem pública até o fim do julgamento”, complementou.
(com Estadão Conteúdo)