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SÃO PAULO – Assustados e prevendo um cenário de terra arrasada em meio ao avanço da Lava Jato, setores importantes da economia iniciaram conversas com parlamentares para pressionar o Congresso a aprovar medidas capazes de limitar possíveis danos provocados pelo avanço da Operação, segundo informa o jornal Folha de S. Paulo.
Dentre os projetos “abraçados” por pesos pesados do PIB, estão a anistia ao caixa dois e o novo marco para acordos de leniência. De acordo com a publicação, o argumento de que é preciso criar mecanismos legais que garantam punição aos que praticaram crimes, mas impeçam a “quebradeira generalizada” do país.
A prisão de dois personagens com forte interlocução com o universo corporativo fez com que a articulação ganhasse forças: o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) e o ex-ministro Antonio Palocci (PT). Sobre Cunha, pessoas próximas avaliam ser difícil que ele faça mais estragos no campo político do que a delação firmada pela Odebrecht. Contudo, ele poderia arrastar “com facilidade mais uns cinco setores da economia para dentro da Lava Jato”. O mesmo poderia acontecer com Palocci. Bancos, mineradoras, empresas de telefonia, aviação e portos teriam manifestado preocupação.
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O argumento é de que é preciso “diferenciar de alguma forma quem participou de um esquema de desvio de recursos” dos que incorreram no chamado caixa dois. Neste sentido, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) é hoje uma das figuras mais acionadas pelo empresariado. Ele afirmou à Folha que “esses temas têm aparecido como sintomas de preocupação”.