Presidente do PT do Rio diz que operação ‘foi bem sucedida’ e defende GCM com fuzil

Pronunciamento de Diego Zeidan contrapõe políticos do PT, como o presidente do partido e do próprio presidente Lula, que classificou a operação como "desastrosa"

Estadão Conteúdo

Membros da unidade especial da polícia militar se reúnem para deter suspeitos de tráfico de drogas durante uma operação policial contra o tráfico de entorpecentes na favela da Penha, no Rio de Janeiro, Brasil, em 28 de outubro de 2025. REUTERS/Aline Massuca
Membros da unidade especial da polícia militar se reúnem para deter suspeitos de tráfico de drogas durante uma operação policial contra o tráfico de entorpecentes na favela da Penha, no Rio de Janeiro, Brasil, em 28 de outubro de 2025. REUTERS/Aline Massuca

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O presidente do diretório do PT no Rio de Janeiro, Diego Zeidan, afirmou nesta segunda-feira, 1, que a megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou 122 mortos, “foi bem sucedida” e que o partido “não pode cometer o erro de ser contra”.

Filho do prefeito de Maricá, Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT, Zeidan defendeu o armamento da guarda municipal da cidade governada pelo pai com fuzis: “Para que a gente possa ir nas favelas”.

“A operação que teve aqui, que cometeu um grande assassinado de 120 jovens… O combate ao crime organizado é necessário. Não podemos ter a demagogia de achar que a polícia não tem que entrar com arma. Porque se tem bandido de fuzil, com barricada, impedindo a entrada do Estado, o Estado tem que combater. Não podemos cometer o erro de ser contra um tipo de operação como essa.

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Em contraponto a políticos do PT, como o presidente do partido, Edinho Silva, e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que classificou a operação no Rio como “desastrosa”, Zeidan diz que a operação foi “bem sucedida” e que a única crítica é que o “Estado saiu da favela”.

“A crítica que eu faço a essa operação policial: não adianta fazer uma operação contra o crime organizado, que na minha opinião foi bem sucedida, mas, no dia seguinte, o Estado sair da favela”, afirmou.

Para o presidente do diretório estadual, o armamento da guarda municipal é outro tema que deverá ser enfrentado pelo partido. Ele disse que a guarda em Maricá está sendo armada e que receberá treinamento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e fuzis “para entrar nas favelas”.

“A questão das forças municipais de segurança, do armamento da guarda, também é importante. Em Maricá, estamos armando a guarda. Estamos armando a guarda porque queremos fazer o enfrentamento de frente com o crime organizado. Vamos fazer treinamento com o Bope, comprar fuzil, para que a gente possa ir para as favelas. É inaceitável que a gente tenha domínio armado de território”, afirmou.