Pregando no deserto: fundador do PSDB se diz decepcionado com o que o partido se tornou

Descontente com o tipo de oposição feita pelos tucanos no Congresso, Arnaldo Madeira diz que o PSDB renega suas bandeiras apenas para dificultar a vida do PT

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Arnaldo Madeira é fundador do Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB) e foi coordenador do programa do ex-candidato à Presidência da República Aécio Neves. No entanto, segundo informações da coluna de Bernardo Mello Franco, da Folha de S. Paulo, o tucano está descontente com o partido que ajudou a criar. 

Madeira diz que, ao votar contra ideias como o fator previdenciário e a reeleição, o PSDB renega suas bandeiras com o único objetivo de ampliar o desgaste político do governo. “Está difícil entender o partido. Em vez de defender conceitos, estamos fazendo uma oposição igual à que o PT fazia contra nós. Agora só falta o PSDB votar contra a Lei de Responsabilidade Fiscal”, ironiza.

O deputado, que se considera um “pregador no deserto” por não ter suas críticas ouvidas e debatidas nem sequer no próprio partido, disse que o PSDB pode sofrer por ter votado contra o fator previdenciário caso ganhe as eleições em 2018. “A situação da Previdência é muito difícil. A esperança de vida só aumenta, e nós estamos dizendo que as pessoas podem se aposentar mais cedo. Na verdade, só estamos fazendo isso para atrapalhar o governo”, afirma.

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Nem mesmo a propaganda eleitoral tucana, que criticou o ajuste fiscal do governo e usou de uma linguagem parecida com a do marqueteiro João Santana em 2014, escapou do escopo das críticas de Madeira. Segundo ele, a imagem do medo, representada por uma família de desempregados na chuva, é linguagem petista. 

O sentimento de frustração com a política brasileira com o qual se identificam milhões de eleitores parece encontrar respaldo também nos partidos mais relevantes da política brasileira. Dentro do PT, por exemplo, a base do partido se revolta com as medidas de austeridade do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Além disso, recentemente, a senadora Marta Suplicy (sem partido – SP) saiu do Partido dos Trabalhadores depois de fazer críticas pesadas à gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). 

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