Prefeito de Palmas é preso em operação da PF que investiga vazamento de dados do STJ

Investigação aponta que vazamentos teriam prejudicado operações policiais

Gabriel Garcia

José Eduardo Siqueira Campos (Podemos), eleito prefeito de Palmas (Foto: Assembleia Legislativa-TO)
José Eduardo Siqueira Campos (Podemos), eleito prefeito de Palmas (Foto: Assembleia Legislativa-TO)

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O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), foi preso na manhã desta sexta-feira (27) durante uma nova fase da Operação Sisamnes, conduzida pela Polícia Federal (PF).

A operação cumpriu três mandados de prisão preventiva, além de buscas e outras medidas cautelares.

A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), investiga o suposto vazamento de informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que teriam comprometido operações policiais em andamento.

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Além do prefeito, um advogado e um policial civil também foram detidos.

Segundo a PF, o grupo investigado teria acesso antecipado a decisões judiciais e repassado essas informações para proteger aliados e frustrar ações da polícia.

Em maio, Eduardo Siqueira já havia sido alvo de buscas na 9ª fase da mesma operação. Na ocasião, a PF chegou a solicitar o afastamento do prefeito, pedido que foi negado.

A investigação aponta que ele teria vazado informações para o advogado Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que está preso desde março deste ano.

O prefeito nega as acusações e afirma que mantém uma relação de “afeto” com Thiago Barbosa, mas que não repassou informações privilegiadas, limitando-se a indicar um advogado para sua defesa.

No entanto, diálogos indicariam que Siqueira teria conhecimento detalhado de processos em andamento no STJ e mencionava ter uma fonte dentro do tribunal.