PP barra candidatura de Moro ao governo do Paraná: “imposição arbitrária”

Partido Progressista afirma que não houve consenso no nome do senador à disputa estadual

Caio César

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O núcleo do Partido Progressista no Paraná anunciou, na segunda-feira (8), que não homologará a candidatura do senador Sergio Moro (União-PR) ao governo do Estado. A decisão foi tomada por unanimidade.

Com a recente federação firmada entre os partidos, tanto União quanto Progressista precisam entrar em consenso para que um nome seja indicado à disputa. Nos bastidores, a expectativa é que o PP apoie a reeleição do atual governador Ratinho Jr (PSD).

Em nota oficial, o PP destaca que “ao longo de sete meses não houve avanços significativos no diálogo com o União Brasil no Paraná, nem adesão interna que sustentasse a candidatura”. A sigla destacou que é necessário consenso para que qualquer nome seja oficializado.

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A presidente do diretório estadual do partido, a deputada estadual Maria Victoria, declarou que conversou com o ex-juiz, mas que “infelizmente a parceria não foi possível de ser consolidada”.

Reação

O senador Sergio Moro falou sobre o assunto nas redes sociais. Em uma postagem na rede X, o ex-juiz destaca que “política se faz com diálogo, respeito e não com vetos ou imposições arbitrárias”. Moro ainda reforçou que o partido seguirá, “como autorizado pelo presidente nacional” com a sua candidatura e com o diálogo com o PP.

“Nosso compromisso é com a boa gente do Paraná e não com interesses particulares. Nossos únicos adversários são o PT, o atraso e o crime organizado”, concluiu na postagem.

A publicação foi feita em resposta à um tweet de Antonio Rueda, presidente do União Brasil. No texto, o líder destaca que o partido tem Moro como pré-candidato ao governo do Paraná e irá insistir na homologação da candidatura.