“Potencial de Aécio ainda não foi testado e disputa está aberta”, diz Tendências

Rafael Cortez, analista político da consultoria, avalia que os resultados das pesquisas Ibope e Datafolha foram positivos para Dilma, porque mantém a luz que ainda existe uma eleição bastante competitiva

Paula Barra

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SÃO PAULO – Os resultados das pesquisas Ibope e Datafolha foram positivos para Dilma Rousseff (PT), porque mantém a luz que ainda existe uma eleição bastante competitiva, passado os primeiros levantamentos “surpresas” feitos após o 1° turno pelo Instituto Paraná e Veritá. A opinião é do analista político Rafael Cortez, da consultoria Tendências, em entrevista ao InfoMoney realizada nesta sexta-feira (10).

“Devemos ver uma eleição bastante competitiva e isso deve se manter até o fim. A disputa está aberta e Aécio ainda não foi testado. Não vejo a perda de favoritismo de Dilma”, disse. 

Embora poucos conhecidos, os dois institutos mostraram Aécio Neves (PT) com ampla vantagem sobre Dilma Rousseff, enquanto Ibope e Datafolha, divulgados ontem è noite, apontaram o tucano com 46% dos votos contra 44% da petista. Apesar de numericamente à frente, Aécio e Dilma ainda estão empatados. 

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Segundo Cortez, o potencial de Aécio não foi testado, porque em um certo sentido ele conseguiu manter uma eleição relativamente “tranquila”, enquanto os principais ataques estavam entre Dilma e Marina Silva (PSB). “Ele não precisava tanto atacar Dilma, mas agora a postura terá que ser outra”, comentou. “A tarefa da campanha de Aécio é manter a resiliência”. 

Ele comentou que quando olha-se a avaliação do governo nas pesquisas é preciso dar uma importância a mais para o percentual que votou para regular, porque é esse que migra de um candidato para outro e pode balançar o resultado final. No caso do Ibope, os que consideram o governo regular eram 33% e agora são 33%, enquanto os que avaliam o governo como ótimo ou bom caiu de 40% para 39%. Ruim ou péssimo mantém em 27%. Já no Datafolha, ótimo ou bom seguiu com 39%, regular passou de 36% para 38%, e ruim ou péssimo de 23% para 22%. 

“Esse quadro mostrou que temos um eleitorado bem volátil. Existe uma força pelo desejo de mudança, mas a avaliação de Dilma continua elevada quando comparado a esse número, o que ainda é positivo para a candidata”, disse.

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Fator corrupção
Para ele, em uma eleição competitiva o fator corrupção pode fazer a diferença e se essa questão se manter viva nos debates pode pressionar o PT, citando o esquema de corrupção da Petrobras, que veio à tona em meio à delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. “A agenda da Petrobras agora precisa ser explorada pela oposição. Eles precisam construir esse discurso”, comentou. 

Por outro lado, a polêmica declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apoia o candidato Aécio Neves, que denominou o eleitor petista como “menos informado”, desencadeando uma imensa onda preconceituosa de críticas contra nordestinos nas redes sociais, pode abrir também campo para que o PT ataque o PSDB.  

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