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SÃO PAULO – A intensão do governado Geraldo Alckmin em rever os índices de inflação utilizados nos reajustes das tarifas de pedágio no Estado de São Paulo não preocupa os analistas Stephen Trent e Anglea Lieh, do Citigroup.
Para eles, o político reconhece a importância da segurança jurídica e sabe que qualquer ajuste mais significativo na taxa anual de reajuste poderia ter como contrapeso redução do plano de investimento, por exemplo, para garantir que a TIR (Taxa Interna de Retorno) prevista no contrato de concessão fosse respeitada.
Outro fator relevante é a proximidade com a Copa do Mundo e a grande necessidade de obras de infraestrutura. Frente a este cenário, Alckmin não deve criar maiores atritos com empresas que podem contribuir para o desenvolvimento do aparato de transporte para o evento.
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Mudanças de índices
Após conversas com OHL (OHLB3) e CCR (CCRO3), Angela e Trent avaliaram que a intensão do governo paulista é modificar os 12 contratos mais antigos de concessão do estado, de um total de 18.
Os contratos mais novos são reajustados pelo IPCA (Índice de Preços aos Consumidor Amplo), enquanto os mais antigos são reajustados de acordo com o desempenho do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado). Alckmin poderia buscar um índice mais apropriado para reajuste, que refletisse de forma mais adequada o aumento dos custos para as concessionárias.
Isso porque, atualmente, o reajuste do pedágio é maior do que a pressão inflacionária de fato apresentada pelas empresas do setor.
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