Pós-Datafolha: aumento da rejeição de Aécio é vista como alerta no PSDB e comemorada no PT

Descontrução do tucano deve continuar, enquanto Aécio terá que partir para o ataque também, avalia PSDB

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Mesmo mantendo a dianteira ante Dilma Rousseff (PT), com 51% dos votos válidos ante 49% da petista, o PSDB do presidenciável Aécio Neves vê como um sinal de alerta o aumento da rejeição do tucano nas pesquisas divulgadas na quarta-feira (15).

De acordo com o Datafolha, a rejeição de Aécio subiu 4 pontos percentuais, de 34% para 38% dos eleitores que não votariam de jeito nenhum no candidato. Já a de Dilma ficou praticamente estável, oscilando de 43% para 42%.

Conforme apontam a coluna Painel da Folha de S. Paulo e o blog de Gerson Camarotti, do G1, isso significa que a estratégia de campanha de Dilma de desconstrução de Aécio Neves começa a dar certo. 

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Na avaliação do PT, segundo a Folha, é de que  a tática do PT de tachar Aécio de elitista e afirmar que ele vai retirar benefícios sociais está dando resultado.

A rejeição ao tucano no grupo com renda familiar de até dois salários mínimos subiu oito pontos e foi a 46%. Na região Nordeste, o índice saltou dez pontos e alcançou 55%. E de acordo com o Datafolha, a presidente Dilma também tem vantagem entre os indecisos: o alto potencial de conversão pró-petista é o dobro do observado para o tucano (13% contra 6%). É um segmento mais feminino e menos escolarizado do que a média da população.

De acordo com Camarotti, integrantes da campanha de Aécio já reconhecem que o tucano também precisa partir para o ataque. “Não adianta aparecer como vítima, como aconteceu com Marina Silva no primeiro turno. É preciso reagir. Esse não é o momento de oferecer a outra face”, afirmou um aliado de Aécio. 

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“Estes números mostram que a campanha agressiva do PT contra a candidatura do tucano mostrou-se novamente eficaz, pois conseguiu anular o potencial ganho de Aécio decorrente do apoio de Marina Silva e da família Campos. Além disso, a propaganda do PT minimizou os efeitos das notícias negativas a respeito da Petrobras sobre o desempenho de Dilma”, afirma a LCA.

Por outro lado, apesar do empate técnico, o fato de quatro pesquisas (duas do Datafolha e duas do Ibope) estarem registrando Aécio com dois pontos à frente de Dilma indica que o tucano provavelmente tem sim uma ligeira vantagem. “Mas a disputa segue bastante indefinida. A decisão de voto para a grande maioria dos eleitores parece consolidada. Detalhes decidirão esta eleição”, afirma a consultoria.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.