Publicidade
SÃO PAULO – Estimatimado entre € 70 bilhões e € 80 bilhões, o tamanho do pacote de resgate a Portugal deve ser denifido já neste final de semana, avaliam economistas do Socitété Générale e do Danske Bank.
Para eles, o plano de auxílio a Portugal deverá ser similar ao destinado à Irlanda em novembro de 2010, que injetou € 85 bi na economia do país.
Com isso espera-se que “o pacote dure sete anos com taxa de juro estabelecida pelo custo do financiamento, além de um prêmio entre 2% e 3%, de acordo com o que Portugal puder oferecer de retorno”, afirmam Frank Øland Hansen e Anders Moller Jorgensen, do Danske.
Continua depois da publicidade
Cenário político gera incertezas
Para a dupla, o país poderá ter de pagar uma taxa de juro maior no início do plano mas com possibilidade de redução na medida em que o novo governo conseguir implantar um plano de ajuste fiscal sólido – o que só poderá ocorrer após as eleições de junho.
Neste sentido, James Nixon, do Société Générale, levanta a possibilidade de um empréstimo de curto prazo financiado pela Comissão Europeia de Resgate, como forma de garantir estabilidade até que o novo governo assuma, para aí então haver um regaste denifinitivo.
Urgência
A decisão acerca do auxílio tem de ser tomada o quanto antes, uma vez que no próximo dia 15 Portugal terá que arcar com € 4,3 bilhões em títulos que atingirão o vencimento, além de € 4,9 bilhões previstos para 15 de junho. A disconfiança do mercado com o país faz com que as captações sejam cada vez mais caras para Portugal fazer a rolagem da dívida, com taxa de juro próxima a 10% ao ano.
Continua depois da publicidade
Frente à urgência, o Danske lembra da reunião de conselho de ministros da União Europeia que ocorrerá na próxima sexta-feira em Budapeste. “Essa é uma reunião informal, portanto não há uma agenda disponível, mas nós temos certeza que Portugal será discutido”, finaliza o banco dinamarquês.