“Por que votarei em Geraldo Alckmin”, por Andre Lichtenstein

"Não há mais espaço para errar e não há espaço para testes. É preciso escolher alguém com experiência e resultados comprovados no cargo executivo"

Equipe InfoMoney

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Colunista convidado: Andre Lichtenstein, ‘Portfolio Manager’ de Volatilidade

As pessoas e instituições que mais evoluem são aquelas capazes de aprender com os erros, seus ou de outros, e tomar boas decisões continuadamente. Diferente do senso comum, a relação entre causa e efeito não é direta. Nem sempre decisões ruins levam a finais tristes, e nem sempre boas decisões obtém o resultado esperado.

O ambiente dinâmico e incerto introduz o elemento aleatório, a sorte. A repetição de acertos e erros – e o longo prazo –, são responsáveis pela convergência entre causa e efeito. Hoje o Brasil paga o preço de vários anos de decisões ruins. Só há um caminho para fora do atoleiro; um presidente capaz de tomar decisões difíceis e acertadas. Os assuntos importantes são vários: segurança pública, disciplina fiscal, retomada do crescimento, saúde, educação, desemprego, inflação, mobilidade entre tantos outros.

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Não há mais espaço para errar e não há espaço para testes. É preciso escolher alguém com experiência e resultados comprovados no cargo executivo.

Geraldo Alckmin, a quem estou chamando de “professor X”, é um caso de sucesso incontestável. Tem uma biografia condizente com o tamanho da responsabilidade que o posto máximo da República exige e representa. Foi por duas vezes eleito governador de São Paulo em primeiro turno; a população paulista atesta sua competência e desfruta das boas decisões tomadas pelo ex-governador à frente do Estado mais populoso do país. É hora de permitir que essa prosperidade chegue ao restante do País.

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Talvez contraintuitivamente o brasileiro tenha sim algo para se orgulhar. A Lava Jato é uma grande conquista, produzindo, certamente, o maior avanço institucional do país – e pela primeira vez na nossa história avançando para garantir o fim da impunidade no Brasil. O paradigma de que há “cidadãos acima da lei” está sendo finalmente quebrado. É por isso que é importante ter muito cuidado com governos anti-democráticos tanto de “direita” como de “esquerda”. É mandatório evitar tanto um partido que desqualifica a justiça e quer a todo custo libertar um condenado-candidato, quanto um candidato que exalta regimes anti-democráticos do passado recente. Estes são as verdadeiras ameaças desta eleição importantíssima. Flerta-se, perigosamente, com uma ameaça às conquistas democráticas da Constituição Federal de 1988.

É possível também adotar outro ponto de vista no momento de escolher um presidente. Ao invés de procurar o mais preparado, o eleitor pauta sua decisão de modo a evitar que o menos preparado volte ao poder. Depois de tantos anos de depressão econômica, desemprego e a pior crise que o País já viveu, o controle do estrago pode ser uma via justificável. Sob essa ótica, o eleitor ordena os candidatos do “pior para o menos pior”; observa pesquisas eleitorais de modo a verificar quais políticos tem maior probabilidade de vitória em contraposição ao pior candidato em um eventual enfrentamento no segundo turno, determinando, assim, seu voto.

Sob essa perspectiva, a margem de vitória do professor X é substancialmente maior que a de seus concorrentes em um enfrentamento contra o candidato do partido que afundou o País – já que Lula foi definitivamente impedido de concorrer.

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O eleitor deve buscar enxergar além da sua indignação, e focar em escolher o melhor presidente para que o País avance. Deve procurar casos comprovados de experiência e propostas bem elaboradas e abrangentes para um país do tamanho e complexidade que é o Brasil. Deve, em especial, contrapor tais escolhas a candidatos assumidamente sem preparo, providos de propostas escassas e rasas e que terceirizam questões presidenciais a terceiros não eleitos. Bandeiras como “acabar com livros infantis”, “metralhar comunidades mais pobres”, “pergunta lá para o Posto Ipiranga” parecem muito pouco para o que o país demanda e tanto precisa.

O país todo tem um objetivo comum: sair dessa crise. É este denominador que nos une neste pleito que se aproxima. Devemos escolher um governante com capacidade de aglutinar em detrimento daqueles que buscam o confronto. Que tenha habilidade de negociar e construir alianças para garantir os avanços. Alguém que caminhe no sentido de tranquilizar um ambiente conturbado e em polvorosa, e que não reforce um cenário de imprevisibilidade, confrontos, explosões e tempestades. Um governante que coloque o país no rumo correto sem rupturas e sem violência. Alguém que una o país e os brasileiros.

O Brasil precisa de um líder humilde, com histórico de competência e que reúna uma equipe pensante e comprometida, que tenha capacidade analítica e bagagem técnica para enfrentar questões estruturais e conjunturais tão urgentes. O país precisa de alguém que tenha uma base sólida para aprovar as reformas – tão necessárias – no Congresso Nacional, mesmo que haja lá um bando de mutantes – e eu não me refiro aos corruptos, porque destes a Lava Jato cuidará.

(disclaimer: O autor reforça que esta opinião é pessoal e não reflete o posicionamento político da instituição em que ele trabalha)

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