Política industrial deve permitir redução de gastos com patentes

Empresas gastam cerca de US$ 3 bilhões por ano com licenças e patentes; intenção do governo é reduzir estes gastos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Um dos objetivos da nova política industrial, como afirmou o próprio ministro da Fazenda, Antonio Palocci, é reduzir os gastos das empresas brasileiras com licenças e patentes.

Atualmente, segundo estima o presidente da Abimaq (Associação Brasileira de Indústria de Máquinas), Luiz Carlos Delben Leite, o setor gasta cerca de US$ 3 bilhões por ano com pagamento de licenças e patentes.

Equipamentos melhores e mais baratos

Para o presidente da Abimaq, o foco da nova política industrial deve ser o desenvolvimento tecnológico e a capacitação de recursos humanos, assim como a oferta de crédito. Este último aspecto deve ser atendido pelo programa Modermaq, que será lançado pelo governo depois do Carnaval, e que pretende oferecer linhas de crédito de 10 anos para fabricantes de bens de capital.

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Somente assim, o governo daria as condições necessárias para se otimizar os investimentos do setor, permitindo que os fabricantes de bens de capital nacionais consigam produzir equipamentos melhores e mais baratos.

Maior participação internacional

A melhora da produtividade e eficiência permitiria que o setor de bens de capital atendesse melhor às necessidades do mercado interno, como também aumentasse a sua participação no mercado externo.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Carlos Gastaldoni, atualmente o setor exporta o equivalente a US$ 5 bilhões por ano, montante que equivale a apenas 0,5% do volume movimentado no mercado internacional, que é de cerca US$ 1 trilhão por ano.

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Setor deve se preparar para ALCA

O investimento em eficiência e produtividade é fundamental para a sobrevivência do setor de bens de capital. Esta constatação é confirmada por um levantamento feito pela própria Abimaq no ano passado.

Envolvendo 22 segmentos do setor de bens de capital nacional, o estudo constatou que a entrada em vigor da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) é ruim para 16 dos 22 segmentos analisados (cerca de 73%). Além disto, em pelo menos 10 destes segmentos a ALCA implicaria em perda de lucratividade.

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