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SÃO PAULO – Anunciada no ano passado pelo governo federal, em tom de “inovação revolucionária”, a Política de Desenvolvimento Produtivo já se tornou obsoleta, necessitando ser reestruturada, de acordo com a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A instituição e empresários que, nesta terça-feira (23), participaram do Fórum Nacional da Indústria defendem uma guinada no programa em direção a medidas de caráter estruturante, com o intuito de reforçar o investimento industrial, a inovação, as exportações e o emprego.
Em nota divulgada à imprensa, os representantes do setor industrial afirmam que a “recuperação econômica é frágil e a crise ainda não foi superada”, sendo que os efeitos dela se mostram mais fortes justamente na indústria de transformação.
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Eles ressaltam a preocupação com a expressiva queda do investimento, que impactou severamente o segmento de bens de capital, e sustentam que o “país precisa de novas iniciativas de combate ao quadro de contração”. Segundo a nota, “o novo cenário econômico impõe um reforço da agenda estruturante e uma revisão da PDP”.
Mudanças propostas
Para acelerar a recuperação econômica, os empresários propõem a manutenção de instrumentos de reativação da demanda, como a redução do IPI para carros, linha branca e materiais de construção. O Fórum Nacional da Indústria, liderado pela CNI, é formado ainda por 45 associações setoriais de indústria e pelas 27 federações estaduais das indústrias.
Na avaliação do presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, a Política de Desenvolvimento Produtivo deve enfrentar os novos desafios que surgiram com a crise.
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“Essa versão da política de desenvolvimento que está aí foi feita num outro momento, num outro cenário econômico, de crescimento do comércio internacional, de aumento da demanda por produtos industrializados. Hoje o cenário é outro. Os desafios são maiores, de reativação da demanda e de incentivo à produção e ao investimento”, ressalta.
Investimento e PIB
Ele sublinhou ainda a forte correlação que, em sua opinião, existe entre investimento no setor produtivo e o resultado do PIB (Produto Interno Bruto). “Nos últimos anos, o investimento tem crescido a taxas bem superiores à do PIB, puxando este para cima. Se continuar a queda que se apresentou no primeiro trimestre, de quase 12% em relação ao mesmo período de 2008, estaremos prejudicando nossa capacidade futura de crescimento”.
O presidente da CNI acrescentou que é preciso “equacionar melhor a carga tributaria, investir em infraestrutura, incentivar o investimento em inovação, reduzir o custo do capital e ter uma taxa de câmbio mais equilibrada”.
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