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SÃO PAULO – Em relatório preliminar entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal) na segunda-feira (19) e que foi tornado público hoje, a Polícia Federal afirma que as evidências colhidas na investigação indicam “com vigor” que o presidente Michel Temer cometeu o crime de corrupção passiva.
“Diante do silêncio do Mandatário Maior da Nação e de seu ex-assessor especial, resultam incólumes as evidências que emanam do conjunto informativo formado neste autos, a indicar, com vigor, a prática de corrupção passiva”, diz trecho da conclusão da PF.
No documento, a Polícia afirma que o presidente aceitou pagamentos de vantagens indevidas da JBS por intermédio do ex-assessor e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). O relatório diz “concluir pela prática” do crime de corrupção passiva do presidente Temer “em face de, valendo-se da interposição de Rodrigo Rocha Loures, ter aceitado promessa de vantagem indevida em razão da função”.
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“Ao Exmo Sr. Presidente da República também foi oportunizado esclarecer diversos fatos”, destaca o relatório. “Sua Excelência optou, a exemplo de Rodrigo da Rocha Loures, por exercer o direito ao silêncio, além de –surpreendentemente– pugnar pelo arquivamento do inquérito”.
Com relação às investigações sobre a suspeita de obstrução de Justiça e organização criminosa, a PF pediu mais cinco dias para concluir a apuração. Isso porque os investigadores avaliam que a apuração só deve ser finalizada após a perícia técnica da gravação feita pelo empresário Joesley Batista de uma conversa com Temer for concluída.
A expectativa é de que a perícia no aparelho e no áudio entregue por Joesley ao Ministério Público seja concluída ainda nesta semana.
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