Plano de Direitos Humanos do governo é criticado pelo ministro da Agricultura

Para Stephanes, plano demonstra certo preconceito em relação à agricultura comercial e fortifica organizações como o MST

Tainara Machado

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SÃO PAULO – O Plano Nacional de Direitos Humanos, elaborado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, já havia sido criticado pelas Forças Armadas, pela presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária), a senadora Kátia Abreu, e por setores da Igreja Católica.

Agora foi a vez do ministro da Agricultura, Reinold Stephanes, expor suas objeções ao projeto. Stephanes disse que as medidas propostas aumentam a insegurança jurídica no campo e fortificam determinadas organizações, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

O ministro alegou que o Ministério da Agricultura não foi ouvido durante a confecção do plano. “Eu sinto pelo projeto, por a agricultura não estar participando e porque demonstra um certo preconceito em relação à agricultura comercial”, afirmou.

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Setor agrícola
Na quinta-feira, a senadora Kátia Abreu disse que o plano estimula a realização de audiências públicas para discutir a reintegração de posse de terras invadidas mesmo em casos onde houver decisão judicial para a retirada dos invasores.

De acordo com a senadora, um dos anexos afirma que o agronegócio “não tem preocupação nem compromisso com os direitos humanos dos pequenos e médios agricultores, e das populações rurais”.

“Eu vejo uma parte deste governo que têm tendência bastante radical, ideológica, de esquerda extrema. Isso é uma plataforma socialista de governo, uma tentativa explícita de segregação do nosso setor, de preconceito abusivo”, disse Abreu.

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Insultoso e antidemocrático
A Igreja também se disse contra o documento, de acordo com D. José Simão, bispo de Assis (SP) e membro da CNBB (Conferência Nacional dos Bispo do Brasil). “Vemos nessas iniciativa uma atitude arbitrária e antidemocrática do governo Lula”, afirmou.

Para comandantes militares,o plano é “insultoso, agressivo e revanchista” em relação às Forças Armada.

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