Planalto joga toalha e auxiliares admitem que não há como reverter impeachment, diz G1

Apesar do governo não acreditar mais na possibilidade de reversão, a ordem ainda seria manter o discurso de Dilma de que tem esperança de continuar no poder

Paula Barra

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SÃO PAULO – Auxiliares mais próximos da presidente Dilma Rousseff joagaram a toalha em relação ao impeachment, avaliando que não há mais como reverter a situação no Senado, principalmente depois que Michel Temer assumir, segundo blog de Gerson Camarotti, do G1. Apesar do governo não acreditar mais na possibilidade de reversão, a ordem ainda seria manter o discurso de Dilma de que tem esperança de continuar no poder.

A leitura vai em linha com o desfecho da reunião do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na véspera, quando teria dito ao presidente do PT, Rui Falcão, e movimentos de esquerda que, se Dilma for afastada, não haveria mais chance de conter o impeachment.  De acordo com a Folha, Lula avaliou como remotas as chances de impedir o prosseguimento do processo no Senado. O petista estava rouco e visivelmente cansado durante o encontro, segundo participantes ouvidos pelo jornal. 

A avaliação feita por senadores do PT e de outros partidos da base aliada é de que a chance de afastamento da presidente Dilma é de 90%, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.  Essa visão é chancelada por vários senadores, segundo o Estadão, dentre eles Lindbergh Farias (PT-RJ) e Telmário Motta (PDT-RR). Durante a discussão, em tom de brincadeira, um deles chegou a comentar que a chance alcançaria 100%, diz o jornal.  Contudo, publicamente, os aliados afirmam que a oposição não teve a esperada vitória acachapante na Câmara. No Senado, a discussão recomeçará. 

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No Senado são necessários 41 votos dos 81 senadores – maioria simples – para que processo seja admitido e aberto, quando Dilma seria afastada; os últimos levantamentos de jornais apontam para um número superior a isso. Segundo o Estadão e O Globo, 46 estão a favor do impeachment e, segundo a Folha, 48. Os três jornais apontam 20 senadores contra o impedimento de Dilma. Dois terços, ou 54 senadores, são necessários para condenar a presidente e afastá-la de vez do cargo em um prazo de até 180 dias após o afastamento. Durante esse período, a presidência passa às mãos do vice Michel Temer.

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