Pimentel tira primo de Aécio da diretoria Cemig – mas coloca filho de vice na Gasmig

O DEM e o PSDB, com isso, afirmaram ter pedido investigação sobre a prática de nepotismo na equipe do novo governador

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), nomeou a nova diretoria da Cemig (CMIG4) nesta sexta-feira, retirando praticamente todo o grupo do ex-governador Aécio Neves (PSDB) da estatal, conforme informa o jornal O Estado de S. Paulo.

Dentre os diretores exonerados, está Frederico Pacheco de Medeiros, que era diretor de Gestão Empresarial e é primo do tucano, sendo mantido no cargo pelos governadores Antonio Anastasia (PSDB) e Alberto Pinto Coelho (PP). Medeiros, antes de ser da diretoria da Cemig, já foi secretário adjunto do governo e secretário-geral de Aécio.

Por outro lado, ressalta o jornal, se Pimentel tirou os aliados tucanos da direção da estatal, ele colocou o filho do seu vice Antônio Andrade (PMDB-MG), para presidir a empresa de distribuição de gás de Minas Gerais (Gasmig). Eduardo Lima Andrade Ferreira tem 33 anos e de acordo com o presidente da Cemig, Mauro Borges, “foi eleito por um conselho absolutamente independente, que tem toda autonomia”, negando qualquer irregularidade.

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O DEM e o PSDB, com isso, afirmaram ter pedido investigação sobre a prática de nepotismo na equipe do novo governador, informa o Valor Econômico. Além da escolha de Andrade, a oposição também questiona a escolha de Márcio Lúcio Serrano para a diretoria empresarial da Cemig. Ele é médico especialista em medicina do trabalho e pai de Eduardo Serrano, secretário-geral da governadoria. 

“Os partidos pedem que seja apurado se as nomeações configuram ato de improbidade administrativa, já que violam os princípios da moralidade, impessoalidade, legalidade e igualdade, previstos na Constituição Federal de 1988, e a Súmula Vinculante nº 13, editada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2008”, disse nota do PSDB e do DEM.

Pimentel também rebateu por meio de nota. “A acusação é improcedente, uma vez que os diretores da Cemig foram eleitos por unanimidade pelo conselho da empresa, formado por representantes do Estado, dos trabalhadores e dos sócios privados. Além disso, não há subordinação ou relação de influência direta dos cargos citados sobre a direção da Cemig.”

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.