PIB deve crescer 3,8% neste ano impulsionado pela Copa e eleição

Caso as estimativas se confirmem, o PIB deverá produzir cerca de R$ 2,01 trilhões em 2006

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O PIB do Brasil deve crescer, em relação o ano anterior, 3,8% em 2006, segundo estimativa divulgada pelo Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A previsão anterior era de crescimento de 3,4%.
Isso significa que o Brasil terá produzido cerca de R$ 2,01 trilhões em 2006, impulsionados principalmente pelas eleições e a Copa. Contudo, o aumento das riquezas do País deverá processar, majoritariamente, no primeiro semestre do ano.

Copa

A produção de artigos esportivos e de torcida, como bandeiras, camisetas, apitos e bonés impulsionam o comércio nacional dos consumidores que querem torcer pelo Brasil na Copa. Na mesma linha, a venda de eletroeletrônicos, aparelhos de áudio e vídeo, e de acessórios, roupas, lingeries e artigos de cama, mesa e banho aumentam durante este período.

As horas paradas por empresas não devem interferir neste resultado. “Quem pensa que as horas paradas pelas empresas não são repostas está enganado. Os trabalhadores de fábricas e escritórios fazem compensação e o comércio vende mais no pré-jogo”, avalia Jason Vieira, economista-chefe da GRC Visão.

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Eleições

As eleições de outubro também devem exercer forte influência no resultado do indicador. Contudo, consta observar que a legislação proíbe o aumento de gastos. “Até 30 de junho, os governos devem injetar uma grande quantia de dinheiro na economia, com o pagamento de obras em função da eleição”, analisa o economista Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que acredita que o PIB não deva ultrapassar os 3,5% em 2006.

Investimentos

Segundo Fábio Giambiagi, coordenador do Grupo de Acompanhamento Conjuntural (GAC) do Ipea, a “superação do trauma de crise política, o dinamismo na construção civil, os gastos no ano eleitoral e a redução dos juros” pressionaram os investimentos nos três primeiros meses do ano, que cresceu 9%. Com isso, a projeção para 2006 foi ampliada de 5,8% para 7,8%.

Agricultura

A má notícia do PIB fica por conta do setor de agricultura que deve diminuir o ritmo de expansão. A queda do dólar em relação ao real, a forte estiagem no Sul do País e problemas com o financiamento da safra 2006/2007 fizeram o Ipea rever para baixo sua previsão para o setor, de 3,3% para 2,5%.

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“O PIB agrícola só não deve cair porque o segmento está comprando insumos importados mais baratos e ainda há demanda forte por commodities no exterior, que compensa as perdas com o câmbio”, explica Vieira.

Juros

Na opinião dos economistas é preciso baixar os juros para impulsionar os investimentos, além de reduzir os gastos públicos. “Do jeito que andam as coisas, governo não conseguirá atingir a meta de superávit primário, o que prejudica o desempenho do PIB e a imagem do país”, lamenta o diretor.

Com informações do Diário do Comércio, periódico da Associação Comercial de São Paulo.

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