PIB brasileiro deve crescer acima de 4% nos próximos dois anos, diz LCA

Ainda há riscos fiscais e inflacionários, aqui e lá fora; analistas preveem reequilíbrio global apenas em 2012

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SÃO PAULO – A LCA Consultores prevê expansão entre 4% e 4,5% para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2011 e 2012, mas alerta que “riscos fiscais e inflacionários, aqui e lá fora, não podem ser menosprezados”, segundo relatório divulgado na última segunda-feira (24).

Esse patamar de crescimento representa uma expansão próxima ao ritmo potencial estimado para a economia do País. Assim, levando-se em conta uma execução fiscal cuidadosa, a consultoria acredita que a taxa básica de juros poderia ser reduzida entre 100 e 150 pontos-base no decorrer de 2012, sem desencadear prejuízos para o cumprimento das metas de inflação.

Reequilíbrio a partir de 2012
Olhando para o prazo mais curto, o time de analistas indica que a primeira metade de 2011 deverá ser marcada pela manutenção do controle de pressões inflacionárias nas economias emergentes e pela consolidação do crescimento das economias centrais. Em seguida, no segundo semestre, a LCA acredita que a economia global começará a caminhar no sentido do reequilíbrio das condições macroeconômicas, atingindo a consolidação do processo apenas em 2012, quando as economias maduras devem retomar crescimento próximo do potencial.

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O cenário de retomada da expansão dos mercados desenvolvidos se dará em meio a ajustes na política fiscal e à retirada cautelosa de estímulos monetários. Ao mesmo tempo, “os emergentes deverão operar suas políticas monetária e fiscal, buscando dosar o crescimento para manter a inflação na zona de conforto”, acredita a consultoria.

Reformas devem ficar para depois
No campo político, os analistas não acreditam que o novo governo terá iniciativa para promover reformas amplas, como a tributária, a política e a previdenciária, no curto prazo, devendo apenas propor medidas que contemplem ajustes específicos em relação a tributos e à contribuição previdenciária.

“Embora já tenha externado que entende necessárias [as reformas], a presidente Dilma tem dado sinais de que receia que as complexas e demoradas negociações que elas exigem consumam parte de seu raio de manobra político e atenuem a ênfase que gostaria de dar a ações que mais lhe apetecem, como os projetos de investimento em infraestrutura”, conclui o relatório.

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