PGR abre investigação sobre polêmico vídeo de Gleisi em defesa de Lula para a TV Al-Jazeera

No vídeo, Gleisi se dirige “ao mundo árabe“, afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um preso político e faz acusações à Justiça brasileira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O polêmico vídeo gravado pela presidente do PT Gleisi Hoffmann (PR) à TV árabe Al-Jazeera segue dando o que falar. Após causar discussões no Congresso, agora a PGR (Procuradoria-Geral da República) instaurou um procedimento preliminar  para analisar a possibilidade de abrir inquérito sobre o vídeo, informa a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo.

No vídeo, Gleisi se dirige “ao mundo árabe”, afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um preso político e faz acusações à Justiça brasileira.  “Lula foi condenado por juízes parciais num processo ilegal. Não há nenhuma prova de culpa, apenas acusações falsas”, diz ela, que termina a mensagem com uma convocação a “todos e todas [do mundo árabe] a se juntarem na luta” para libertar Lula.

A Procuradoria-Geral da República instaurou procedimento preliminar para analisar a possibilidade de abrir inquérito sobre um vídeo gravado pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), para a TV Al-Jazira. Na gravação, ela diz que o ex-presidente Lula é um preso político e acusa a Justiça brasileira. “Lula foi condenado por juízes parciais num processo ilegal. Não há nenhuma prova de culpa, apenas acusações falsas”, afirma. A petista termina convocando “todos e todas [do mundo árabe] a se juntarem na luta” para libertar Lula.

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A Coluna do Estadão informa que a  instauração da Notícia de Fato é o primeiro passo antes da Procuradoria instaurar um inquérito. A determinação partiu da titular da Secretaria Penal da PGR, subprocuradora Raquel Branquinho.

Durante todo o dia de ontem, a PGR recebeu vários pedidos de cidadãos comuns para abrir investigação sobre o caso, incluindo o ofício do deputado Major Olimpio (PSL-SP). Ele entrou com uma representação contra a senadora e  também pediu  ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que o PT seja extinto por causa das declarações, alegando que Gleisi  teria cometido crimes contra a segurança nacional e a ordem social e política por “incitar o mundo árabe” para aderir à luta contra a prisão de Lula.

Na véspera, a senadora Ana Amélia (PP-RS), durante sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, disse esperar que o vídeo de Gleisi “não tenha sido para convocar o Exército Islâmico pra vir ao Brasil fazer as operações de proteção ao partido que perdeu o poder e agora parece ter perdido a compostura e o respeito e o apoio popular”. 

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Respondendo à colega no plenário do Senado, Gleisi atribuiu a reação de Ana Amélia a “xenofobia” e “desvio de caráter”. 

Confira o vídeo polêmico de Gleisi:

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.