PF vê indícios de corrupção de Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo; advogado nega

Em novembro de 2014, o doleiro Alberto Youssef afirmou, em delação premiada, que deu R$ 1 milhão para a campanha de 2010 de Gleisi Hoffmann

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A senadora ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, foram indiciados por corrupção passiva pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato. As informações são do jornal jurídico JOTA. A PF entendeu que há indícios suficientes de que a campanha de Gleisi recebeu R$ 1 milhão em propina.

Em novembro de 2014, o doleiro Alberto Youssef afirmou, em delação premiada, que deu R$ 1 milhão para a campanha de 2010 da então ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman (PT-PR). De acordo com o doleiro, a entrega do dinheiro foi feita em quatro parcelas: três em um shopping e outra na casa dele, em um condomínio de alto padrão da capital paranaense.

Além de Youssef, Paulo Roberto Costa, que também fez acordo de delação, afirmou à Polícia Federal que recebeu pedidos para “ajudar a campanha” da senadora petista. Os dois ainda não se pronunciaram, mas na época em que as delações foram divulgadas, ambos negaram o recebimento de qualquer recurso.

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Advogado nega
Ao G1, o advogado da senadora, Rodrigo Mudrovitsch, afirmou que não há espaço para a conclusão da PF sobre ela e Paulo Bernardo porque o relatório é baseado somente nas palavras de delatores que nem sempre mantiveram as versões iniciais.

Segundo o advogado, não há novos elementos que justifiquem haver indícios suficientes contra os dois, e a defesa espera que a Procuradoria-Geral da República não “comungue” da decisão da PF.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.