PF investiga relação entre Moreira Franco e empreiteira em leilão de aeroporto

As suspeitas dos investigadores são de que houve acertos prévios nas concessões

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Investigadores da Operação Lava Jato informaram que o presidente afastado da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo e o ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil no governo Dilma Rousseff — e atual ministro da Secretaria Executiva do Programa de Parceria de Investimentos da gestão interina de Michel Temer — trocaram uma série de mensagens entre 2013 e 2014 para tratar do leilão do Aeroporto Internacional de Confins (MG). A força-tarefa apura se o esquema de corrupção da Petrobras teria sido reproduzido em outros setores da economia nacional.

As suspeitas dos investigadores são de que houve acertos prévios nas concessões. O consórcio AeroBrasil, que conta com a participação do grupo CCR, venceu o leilão em um contrato de R$ 1,82 bilhão para administrar o terminal por 30 anos. Não há evidência de crimes nas trocas de mensagem, mas a força-tarefa avalia se houve favorecimento indevido.

Por meio de sua assessoria, Moreira Franco informou que “conversou com todos os potenciais interessados em participar dos leilões de concessão”. Já a CCR afirmou, em nota, que “o processo respeitou a legislação vigente do país”. O advogado de Azevedo, Juliano Bretas, afirmou que seu cliente “já prestou esclarecimentos sobre as circunstâncias das mensagens”.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.