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A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (9) a Operação Marco Zero, que investiga a suposta simulação de um sequestro envolvendo candidatos a prefeito e vereador do município de Senador José Bento, no sul de Minas Gerais, durante as eleições municipais de 2024.
Segundo a investigação, os próprios candidatos teriam forjado o crime com o auxílio de terceiros, para gerar comoção e obter vantagem eleitoral às vésperas do pleito. O caso ocorreu na noite de 3 de outubro de 2024, véspera do primeiro turno.
A PF cumpriu dez mandados judiciais, sendo oito de busca e apreensão e dois de prisão temporária, nos municípios de Congonhal, Senador José Bento, Ibitiura de Minas, Andradas e Siqueira Campos. Os nomes dos investigados ainda não foram divulgados.
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Carro com marcas de tiros e desaparecimento simulados
Na data do suposto sequestro, o carro utilizado pelos candidatos foi encontrado com marcas de tiros em uma região rural de Senador José Bento. O veículo havia sido alugado para a campanha.
Horas depois, os dois políticos foram localizados com ferimentos leves em uma rodovia no interior de São Paulo. À época, o caso gerou forte repercussão local e comoção entre eleitores — reação que agora a PF suspeita ter sido intencionalmente provocada para influenciar o resultado da eleição.
A investigação começou na Polícia Civil de Minas Gerais, que remeteu o inquérito à PF ao identificar elementos de crime eleitoral. A Justiça autorizou as prisões temporárias como parte das diligências para esclarecer a trama.
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Manipulação eleitoral e desinformação
O caso se soma a outras investigações recentes que envolvem uso de desinformação, farsa e manipulação emocional do eleitorado para obter vantagem eleitoral.
A Operação Marco Zero segue em andamento e poderá resultar em ações penais por falsidade ideológica, comunicação falsa de crime e crime eleitoral, entre outras infrações.