PF encontra minuta na casa de Anderson Torres para Bolsonaro mudar resultado da eleição

Ex-ministro respondeu pelo Twitter que documento estava em uma pilha de documentos para descarte

Luís Filipe Pereira

O ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro e e ex-secretário de segurança do DF, Anderson Torres (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

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A Polícia Federal encontrou na residência de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, uma minuta de decreto para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do TSE, para reverter o resultado da eleição após vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O documento estava em um armário e foi apreendido durante busca e apreensão realizada na terça-feira (10). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Aliado de primeira hora do ex-presidente, Torres foi exonerado do cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no domingo (8), após os atos golpistas em Brasília. Pelo Twitter, ele disse que o documento divulgado nesta quinta foi vazado fora de contexto.

“Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP [Ministério da Justiça e Segurança Pública]. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá”, disse em postagem na rede social.

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“Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro”, completou Torres.

Torres, que passa férias em Orlando, nos Estados Unidos, teve a prisão ordenada nesta semana pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Também foi pedida a detenção de Fabio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal. A avaliação de Alexandre de Moraes é que houve conivência e omissão por parte do governo local e das forças policiais. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram agentes escoltando os vândalos e cruzando os braços para as ações de depredação do patrimônio público.

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Após as invasões aos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal, Torres divulgou nota negando conivência e classificando o episódio como “barbárie”. “Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos”, escreveu em postagem no Twitter.

Nomeado interventor federal na segurança pública do DF por decreto editado por Lula no mesmo domingo, Ricardo Cappelli afirmou que os atos golpistas de bolsonaristas só foram possíveis por conta de uma “operação de sabotagem” por parte das forças locais de segurança

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