PF deflagra 22ª fase da Lava Jato e cumpre 23 mandados; publicitária é presa

As ações ocorrem nas cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo e Joaçaba (SC); nova fase  mira offshore com imóvel em prédio da Bancoop

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A Polícia Federal iniciou na manhã desta quarta-feira (27) mais uma fase da Operação Lava Jato, a 22ª, chamada Triplo X. Na operação estão sendo cumpridos seis mandados de prisão, dois de condução coercitiva e 15 de busca e apreensão, totalizando 23 mandados judiciais. As ações ocorrem nas cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo e Joaçaba (SC).

O desdobramento da Lava Jato apura “a existência de estrutura destinada a proporcionar a investigados na operação policial a abertura de empresas off-shores e contas no exterior para ocultar ou dissimular o produto dos crimes de corrupção, notadamente recursos oriundos de delitos praticados no âmbito da Petrobras”, segundo a PF.  Nesta fase são apurados os crimes de corrupção, fraude, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

A operação tem como alvo investigados suspeitos de abrir empresas offshores e contas no exterior para ocultar e disfarçar o crime de corrupção com o pagamento de propina no esquema de corrupção de Petrobras. 

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A ação da PF também mira negócios da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). São negócios relacionados a apartamentos que não foram entregues e estão de propriedade da empreiteira OAS, que também é alvo de investigação na Lava Jato. 

Os presos serão levados a Curitiba, no Paraná, ainda hoje.

principal alvo dos mandados de prisão é a publicitária Nelci Warken, que já prestou serviços na área de marketing para a Bancoop e que foi presa nesta manhã em São Paulo. A suspeita é de que ela tenha ligação com a offshore Murray, sediada no Panamá, que detém a propriedade de um triplex no mesmo condomínio em que a OAS havia reservado um triplex para a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula, na praia de Astúrias, no Guarujá.  

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A suspeita da PF é de que Warken tenha usado a estrutura da empresa sediada no Panamá para ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro em favor do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e da cunhada dele, Marice Correa de Lima. 

Outro preso chegou à sede da PF em São Paulo por volta das 9h30 (horário de Brasília), ligado à empresa Mossack Fonseca, que abre offshores, com sede no Panamá. Também estão na sede da PF duas pessoas que foram conduzidas coercitivamente. Elas estão sendo ouvidas por policiais e devem ser liberadas depois.

A Lava Jato investiga esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras e outras empresas e órgãos públicos, empreiteiras e partidos e políticos, e já levou à prisão vários ex-executivos da petroleira e de empreiteiras, além de políticos.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.