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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (8) uma operação para apurar suspeitas de desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares, com cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e no Ceará.
Um dos principais alvos é o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE), que teve seu gabinete na Câmara dos Deputados vasculhado por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além do parlamentar, outros cinco investigados estão entre os alvos da operação, que ocorre nas cidades de Fortaleza, Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio. A investigação aponta para a existência de uma organização criminosa envolvida em fraudes licitatórias, compra de votos, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com finalidade eleitoral.
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A pedido da PF, o ministro Gilmar Mendes, relator do caso no STF, autorizou também o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias dos investigados, além da quebra de sigilos telefônicos. O processo corre sob sigilo judicial.
“Papel central”, diz PF
Segundo a corporação, Júnior Mano teria exercido “papel central” em um esquema de manipulação das eleições municipais em 51 cidades do Ceará. A estratégia incluiria a compra de votos e o uso indevido de emendas parlamentares para favorecer aliados políticos. Na ocasião, o deputado negou qualquer envolvimento e afirmou que seu nome estava sendo usado indevidamente.
Trajetória
Júnior Mano está em seu segundo mandato como deputado federal. Ele foi eleito em 2022 pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas migrou para o PSB no final de 2024, em um movimento de aproximação com a base do governo Lula.
A operação amplia a pressão sobre o uso político de emendas parlamentares e reforça os alertas sobre o risco de aparelhamento eleitoral desses recursos.