Petróleo registra expressiva alta, com aumento da tensão na Líbia

Cotação da commodity sobe mais de 2% em Londres; situação no norte da África piorou e diplomata dissidente já fala em risco de genocídio

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SÃO PAULO – A tensão política no norte da África e no Oriente Médio segue elevada nesta quinta-feira (17), e a cotação do petróleo no mercado internacional sobe novamente nesta sessão.

Há pouco, o barril do tipo Brent era cotado a US$ 113,15 em Londres, alta de 2,31%, enquanto que o do tipo WTI era negociado a US$ 99,93 em Nova York, variação de 1,99%.

Após o agravamento do cenário no Bahrein, onde o governo declarou estado de emergência, o foco volta novamente para a Líbia. Os confrontos entre os opositores e as forças de segurança do país ganharam mais intensidade, e notícias dão conta de que o governo líbio estaria lançando uma pesada ofensiva para retomar áreas perdidas.

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Ofensiva em Benghazi
Agências internacionais informam que o governo líbio prepara-se para atacar a cidade de Benghazi, principal reduto da oposição no país. Essa ofensiva aconteceria após a retomada do controle de Ajdabiya, que está situada a 150 quilômetros de Benghazi e teria voltado ao controle do governo na última terça-feira. Saif al-Islam, filho do líder líbio Muammar Gaddhafi, afirmou na quarta-feira que dentro de 48 horas o exército dominaria a principal cidade em poder dos opositores.

Segundo a Reuters, a tv estatal da Líbia teria divulgado na quarta-feira uma mensagem na qual o governo dá um ultimato para Benghazi, solicitando que os moradores se afastassem de prédios dominados por rebeldes e de depósitos de armas até a meia-noite. Ainda de acordo com a mensagem transmitida, as forças de segurança do governo estariam se aproximando para “apoiá-los e libertar a cidade das gangues armadas”. Moradores de Benghazi relatam que a cidade estava calma após o comunicado.

Informações desencontradas
Entretanto, a confiabilidade das informações da situação na Líbia é posta em dúvida. Ao mesmo tempo em que o governo afirma ter retomado Ajdabiya, moradores da cidade relatam que ataques aéreos de fato atingiram a cidade, mas que não era possível confirmar se eram opositores – que já teriam meios aéreos – ou forças de segurança. Além disso, os moradores afirmam ainda que embora a localidade esteja cercada, nenhuma tropa do governo teria invadido Ajdabiya até o momento.

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O governo líbio afirma também que manifestações contrárias a oposição teriam acontecido em Benghazi. Essa é outra informação que não pode ser confirmada, com moradores da cidade afirmando que tais protestos não aconteceram.

Pressão dos EUA na ONU
Em meio ao agravamento do conflito entre governo e opositores na Líbia, aumentou a pressão feita pelos EUA junto ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para que seja votada uma resolução permitindo uma intervenção internacional na Líbia, indo até mesmo além da implantação de uma zona de exclusão aérea no espaço líbio. Os principais opositores desta proposta seriam a Rússia e a China.

A expectativa dos próprios opositores na Líbia seria de que a comunidade internacional de alguma forma auxiliasse no conflito contra as forças de Gaddhafi. Um diplomata líbio na ONU que rompeu com o governo de seu país afirmou que a comunidade internacional precisa agir logo para evitar um genocídio.

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