Petrobras trabalha com cenário de reajuste, mas não há previsão, diz Dutra

José Eduardo Dutra, diretor corporativo da estatal, ainda associou as denúncias de que haveria uma "farsa" na CPI para investigar a companhia a  uma tentativa da oposição de desestabilizar o governo Dilma Rousseff

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (11), o diretor corporativo da Petrobras (PETR3;PETR4), José Eduardo Dutra, associou as denúncias de que haveria uma “farsa” na CPI para investigar a companhia a uma tentativa da oposição de desestabilizar o governo Dilma Rousseff. 

“A CPI da Petrobras é um tiroteio político. Primeiro tentaram vincular Dilma Rousseff. Como Graça é muito próxima da presidente, voltam a artilharia para ela. Estão tentando atirar na Graça para atingir Dilma”, afirmou. Ele ainda afirmou que as especulações sobre possível gabarito montado pela base do governo para os depoimentos é “verdadeiro factoide” diante das divergências das repostas dos diretores da estatal. 

Ele afirma que o uso da estatal como arma contra o governo é “muito ruim” e diz que a oposição não foi para a CPI porque não quis. “A Petrobras é uma companhia de capital aberto, símbolo do país e não podia permitir que alguns especuladores ganhassem dinheiro com isso”.

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Sobre a saúde financeira da Petrobras, Dutra afirmou que o mecanismo aprovado em 2013 como sinal de regularidade na definição do preço de gasolina não determina seu aumento, como chegou a ser sinalizado em dezembro. Porém, destacou, está trabalhando com cenário de reajuste, mas diz que não vai fazer previsão de quando isso ocorrerá. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.