Petrobras sobe entre Datafolha e vencimento de opções e small cap reage ao resultado; veja mais

Estatais reagem à pesquisa eleitoral divulgada nesta segunda-feira; TIM e JBS seguem em alta

Leonardo Silva

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SÃO PAULO – Em meio à uma segunda-feira (18) movimentada pelo cenário político, após a divulgação da pesquisa eleitoral Datafolha e com o Ibovespa operando em alta durante toda a sessão, o destaque desta sessão de hoje fica com a alta nas ações das empresas estatais. 

Além do “call eleitoral” chama a atenção dos investidores, a disparada nas ações da Tim (TIMP3, R$ 11,25, +2,93%), reagindo à uma possível oferta da Telecom Itália pela GVT, além da JBS (JBSS3, R$ 9,34, +3,78%), que repercute a elevação de seus papéis para “compra” pelo Deutsche Bank. 

Entre as maiores altas do índice, aparecem também as ações da BM&FBovespa (BVMF3, R$ 12,94, +2,05%), sendo a terceira sessão consecutiva de valorização, acumulando ganhos de 8%.

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Confira os principais destaques na Bolsa:

Petrobras e bancos
Após chegarem a subir 3% nos minutos iniciais do dia e virarem para o negativo, as ações da Petrobras voltam para o positivo e marcam alta na faixa de 1,00% (PETR3, R$ 18,98, +0,74%; PETR4, R$ 20,31, +1,25%), mostrando forte volatilidade entre as novidades do Datafolha e o vencimento de opções sobre ações, que ocorre nesta segunda-feira (18).

Também sensíveis às novidades eleitorais, os papéis da Eletrobras (ELET3, R$ 6,95, +1,03%ELET6, R$ 11,05, +1,65%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 35,96, +0,62%) e Bradesco (BBDC3, R$ 37,22, +0,57%; BBDC4, R$ 36,26, +0,61%) ainda marcam ganhos, embora bem menores do que no começo do dia. O Banco do Brasil (BBAS3, R$ 29,07, -0,41%) já operava no negativo, após ter aberto em alta.

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Como temos vistos desde março, as ações de empresas estatais e do setor financeiro têm sido as mais sensíveis as novidades eleitorais. Nesta segunda, repercute no mercado pesquisa eleitoral Datafolha divulgada nesta madrugada, na qual mostrou Marina Silva – provável candidata do PSB – na frente de Aécio Neves (PSDB) no 1º turno e de Dilma Rousseff (PT) no 2º turno, embora a vantagem de votos a coloque tecnicamente empatada com ambos, se considerarmos a margem de erro.

Embora o mercado mostre ânimo pelas maiores chances de 2º turno, as análises dos cientistas políticos indicam que o resultado de Marina nesta pesquisa esteja “superestimado” pela comoção do eleitorado após a trágica morte de Eduardo Campos na última quarta-feira (13). Com isso, boa parte dos especialistas acredita que as próximas pesquisas mostrem uma queda nas intenções de voto da provável candidata do PSB – ela deve ser apresentada oficialmente como presidenciável do partido na quarta-feira (20).

Desde março, quando começaram a aparecer as pesquisas eleitorais, os papéis de estatais e do setor financeiro sempre mostraram-se mais sensíveis às opiniões dos eleitores. Isso porque, na interpretação do mercado, o atual governo não tem agradado os investidores devido à forma intervencionista que tem atuado em importantes setores da economia, como o elétrico, o financeiro e até com a Petrobras. Dessa forma, uma mudança de governo é bem vista pelos investidores pois assim esperam uma melhor diretriz na forma de gerir estas empresas.

JBS (JBSS3, R$ 9,34, +3,78%)
Segundo operadores de mercado, a alta dos papéis nesta sessão está associada à elevação da recomendação pelo Deutsche Bank dos papéis da companhia, que passou de manutenção para compra. 

TIM (TIMP3, R$ 11,25, +2,93%)
A Telecom Italia está preparando uma oferta de até 7 bilhões de euros (9,4 bilhões de dólares), para ultrapassar a proposta da espanhola Telefónica, na corrida para adquirir a GVT, unidade brasileira da Vivendi, de acordo com uma reportagem da Bloomberg neste domingo.

A reportagem, citando pessoas anônimas com conhecimento do plano, disse que a Vivendi teria 20% da Telecom Italia e uma participação na unidade que combinaria as duas filiais brasileiras.

A Telecom Italia está propondo a fusão entre Tim e GVT e em troca a Vivendi teria uma fatia no grupo italiano, disseram as fontes. Ela poderia submeter sua oferta à Vivendi até o final do mês. 

Kepler Weber (KEPL3, R$ 50,82, +4,14%)
Operando na máxima histórica desde o final de julho, as ações da Kepler Weber renovaram seu recorde na Bovespa ao marcarem ganhos de 8,5% na sua máxima do dia (R$ 52,98). Os investidores mostram ânimo ao resultado do segundo trimestre da empresa, divulgado na última sexta-feira, mostrando alta de 188,2% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a R$ 25,1 milhões. Segundo a companhia, o bom momento vivido na agricultura brasileira impactou favoravelmente os resultados da Kepler Weber.

A empresa reportou ainda receita líquida de R$ 226,7 milhões, aumento de 76% ante mesmo período de 2013. Já o Ebitda cresceu 114,8% na mesma base de comparação, chegando a R$ 44,7 milhões.

Assim como os dados do período, os papéis da empresa vivem ótimo momento na Bolsa: de 2013 até hoje, eles acumulam ganhos na faixa de 350%.

MMX (MMXM3, R$ 1,19, +0,85%)
A MMX ficou de fora da segunda prévia do Ibovespa, enquanto outras alterações indicadas na primeira prévia foram mantidas, como a saída do papel da companhia do setor imobiliário Brookfield Incorporações (BISA3) e a entrada da ação da fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo (POMO4).

A segunda prévia foi divulgada pela Agência Bovespa na manhã desta segunda-feira.

BM&FBovespa (BVMF3, 12,94, +2,05%)
A administradora da bolsa brasileira é beneficiada indiretamente pelo cenário político, já que o volume dos negócios na Bovespa e BM&F tem aumentado gradualmente à medida que os investidores tentam precificar o impacto do novo cenário político no mercado.

Além disso, a empresa reage ao início do funcionamento de compensação e liquidação da Nova Câmera (clearing). A Nova Câmera, nessa primeira etapa, serão migrados para a nova clearing as operações dos mercados e futuros – envolve operações no mercado de derivativos financeiros, commodities e mercado de ouro ativo financeiro.

BB Seguridade (BBSE3, R$ 34,57, +1,02%) e Cesp (CESP6, R$ 29,37, +0,96%)
Duas das melhores ações do Ibovespa em 2014 ficarão “ex-dividendos” na próxima terça-feira – ou seja, só receberão os dividendos aqueles acionistas que estiverem na base acionária das companhias ao final desta segunda-feira (18).

A empresa de seguros do Banco do Brasil anunciou que seu conselho de administração aprovou a distribuição de R$ 1,1 bilhão em dividendos, o que equivale a 80% do resultado líquido apurado neste primeiro semestre de 2014. Já a empresa de energia paulistana informou pagará R$ 193 milhões na forma de juros sobre capital próprio. Os valores por ação, no entanto, variam para cada ativo: para as ações preferenciais classe B (CESP6), o valor pago será de R$ 0,55991 por ação, o que equivale a um yield de 1,9%.

Eneva (ENEV3, R$ 1,19, -1,65%)
A Eneva informou que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) postergou o prazo sobre a proposta para adequação das obrigações de fornecimento de energia pela Usina Termelétrica Parnaíba para para 5 de setembro. Segundo comunicado enviado ao mercado, a empresa informa que o pagamento de qualquer penalidade relacionada ao atraso do início da operação comercial de Parnaíba II permanece suspenso até a data informada. 

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