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SÃO PAULO – Depois de reiterar sua meta para o prazo de capitalização, a Petrobras (PETR3, PETR4) detalhou o que fará caso o projeto de cessão onerosa não passe pelo Congresso. Em entrevista ao Estado de São Paulo, o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, afirmou que a empresa segue confiante que o Congresso aprovará o projeto de lei de cessão onerosa. “Se, apesar de nossa aposta, essa aprovação não sair, então teremos de fazer a capitalização de outro jeito.”, afirmou o diretor à coluna de Celso Ming.
Apesar de dizer que isso não significa um “plano B”, Barbassa explicou algumas das modificações do plano – entre elas, a realização da Cessão Onerosa com base em um valor por barril negociado com a União, cuja fundamentação seja o laudo da consultoria americana especializada DeGolyer & MacNaughton, já contratada pela Petrobras.
A estatal não espera que haja diferença significativa entre os relatórios da consultoria contratada por ela e pela contratada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo), que deve ser decidida até o final de maio.
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Essa certificação contratada pela ANP, de acordo com o Estado de São Paulo, deve sair apenas em setembro ou outubro, o que obrigaria a Petrobras a dividir a capitalização em duas etapas – a primeira delas sem a cessão onerosa. “Mas o risco de desgaste seria alto e a primeira etapa do processo poderia ser fortemente prejudicada pelas dúvidas que se levantariam em relação à segunda etapa”, afirmou Barbassa ao jornal.
Capitalização e ações
Para o diretor, o alto valor da capitalização (R$ 110 bilhões) não assusta. “Basta ver o entusiasmo suscitado no exterior pela capitalização do Banco do Brasil”. Segundo ele, o mau desempenho dos ativos da estatal não deve atrapalhar a capitalização. “É normal que os preços sejam jogados para baixo antes do encerramento do processo. Pode até ser um estímulo adicional para a subscrição.”
No “plano B” prevê mudanças também no tratamento a ser dado aos direitos de subscrição que não vierem a ser exercidos pelos atuais acionistas. A decisão é abrir a subscrição das sobras a qualquer interessado, com prioridade de exercício para os acionistas.
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De acordo com Ming, somente a subscrição pelos acionistas estrangeiros poderá trazer cerca de US$ 20 bilhões para o Brasil – volume que deve alterar as projeções de entrada de Investimentos Estrangeiros Diretos.
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