Petrobras: BofA ML analisa questões relacionadas à capitalização

Risco de não obtenção das verbas esse ano é grande, mas impactos são amenizados; papéis seguem com call de "compra"

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SÃO PAULO – A demora na aprovação do projeto de capitalização da Petrobras (PETR3, PETR4) vem preocupando muitos investidores e pesando sobre o desempenho dos papéis. Afinal, são grandes os riscos da estatal não conseguir os recursos a tempo? Se sim, qual seria o impacto?

Na tentativa de responder tais perguntas, os analistas do Bank of America Merrill Lynch elaboraram relatório a respeito. De forma geral, a equipe alerta para a grande probabilidade de não obtenção das verbas. Em contrapartida, ameniza os temores do mercado de grandes impactos decorrentes e mantém sua visão otimista quanto às ações.

Olho no Congresso
Primeiro ponto analisado pela equipe, o ambiente no Congresso acerca da aprovação das propostas relativas ao pré-sal continua não sendo dos melhores. Como observam Frank McGann e Conrado Vegner – os analistas que assinam o relatório -, até o presente momento, a matéria da distribuição dos recursos entre os estados segue provocando forte dissenso entre os políticos.

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“Sem um acordo, a aprovação das propostas pode vir somente após maio, o que reduz significativamente as chances de que a Petrobras obtenha a capitalização desejada este ano”, afirmam McGann e Vegner.

Ponderando impactos
Considerada a chance de não obtenção dos recursos, a análise de um segundo ponto faz-se então necessária: afinal, quanto a Petrobras precisa desse dinheiro? A resposta imediata do Bank of America é “claramente ela precisa levantar capital nos próximos anos, dado seus planos de dobrar a produção por volta de 2020, 2025”.

No entanto, na visão dos analistas, a estatal possui uma boa margem que lhe garante flexibilidade no timing de tal captação de recursos. “A não ser que ela lance um capex significativamente maior que o esperado ou reporte uma queda muito grande em seus lucros”, pondera a equipe.

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Recomendação aos papéis
Ao seu fim, a conclusão do relatório é simples: ponderados tais riscos que podem continuar pesando sobre a performance das ações no curto prazo, as perspectivas à companhia seguem positivas. “E esperamos que mesmo essas questões sejam mitigadas em breve, o que será benéfico aos papéis”, preveem os analistas.

Desta forma, o Bank of America mantém sua recomendação de compra às ações ordinárias da Petrobras, estipulando um preço-alvo de R$ 52,00 e, consequentemente, um potencial de valorização de 34,9% frente à cotação de fechamento do último pregão. Os ADRs (American Depositary Shares) também desfrutam de call de compra.

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