Petrobras abre comissão para investigar compra da Pasadena

Os problemas com o negócio em Pasadena são investigados há vários anos, mas ganharam novo contorno na semana passada

Reuters

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SÃO PAULO – A Petrobras (PETR3; PETR4) abriu uma comissão de apuração interna para investigar os detalhes da polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, disse a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, em entrevista publicada nesta quarta-feira no jornal O Globo.

A Petrobras confirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, a abertura da comissão.

“Temos até 45 dias para poder nos manifestar a uma série de processos que já estávamos em avaliação de forma administrativa. Eu já vinha tratando disso, pois sou a diretora da área internacional e fiz várias mudanças na busca de melhorias”, disse a executiva, segundo a publicação.

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Os problemas com o negócio em Pasadena são investigados há vários anos, mas ganharam novo contorno na semana passada depois que a presidente Dilma Rousseff, que presidia o Conselho de Administração da estatal na época da aprovação da compra, afirmou que a operação se baseou em um resumo executivo “técnica e juridicamente falho”, preparado na época pelo então diretor da área internacional da companhia.

Em 2006, a estatal comprou 50 por cento da refinaria no Texas, Estados Unidos, por 360 milhões de dólares, sendo 170 milhões de dólares referentes à compra de estoque de óleo, mas, em seguida, amargou uma batalha judicial com o parceiro no projeto, a Astra, e acabou desembolsando um total de 1,2 bilhão de dólares para adquirir a refinaria integralmente.

“Essa comissão não foi aberta motivada se a cláusula devia ou não estar no resumo executivo. Entendo que a demanda do conselho de administração é correta e justa e precisa ter informações… E o que precisa ser investigado é investigado nessa empresa”, disse Graça Foster, na entrevista.

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A executiva disse que descobriu na segunda-feira a existência de um Comitê de proprietários de Pasadena no qual ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa –preso pela Polícia Federal sob acusação de envolvimento num esquema de lavagem de dinheiro– era representante da Petrobras.

“Esse comitê era acima do board. Depois que entramos em processo arbitral esse comitê deixou de existir”, afirmou Graça Foster.

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