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SÃO PAULO – No primeiro encontro desde o afastamento de Dilma Rousseff da presidência para ser julgada em processo de impeachment, o parlamento do Mercosul deverá contar com discussões acerca da legalidade do processo ocorrido no Brasil. Conforme conta o blog do jornalista Fernando Rodrigues, representantes brasileiros da bancada petista deverão sustentar que houve um golpe parlamentar no país.
Conta a matéria que integrantes da esquerda do Parlasul reuniram-se em Montevidéu (Uruguai), onde será realizado o encontro, para debater o impeachment e a eventual divulgação de uma nota condenando o afastamento. As expectativas são de que o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do governo antes do processo ser aceito pelo Senado, compare o afastamento de Dilma ao impeachment do presidente paraguaio Fernando Lugo.
Não existe muito espaço para resultados práticos do acontecimento, mas as ofensivas visam minar a legitimidade do governo assumido interinamente por Michel Temer. Na avaliação de especialistas, as possibilidades para a aplicação da chamada “cláusula democrática” contra o Brasil são pequenas, uma vez que exige posição consensual dos chefes dos estados-membros — o que é pouco provável.
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