Perdeu força: para Cunha, impeachment de Dilma fica para 2016

Já a oposição considera o cenário de impeachment cada vez mais improvável

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou a correligionários que a tese do impeachment da presidente Dilma perdeu força e que ficará, no mínimo, para 2016.

Cunha vem afirmando que tomará uma posição sobre os pedidos de impeachment ainda este mês mas, em jantar a aliados na semana passada, indicou a mudança de posição. Por coincidência ou não, as declarações foram dadas no mesmo dia em que o PSDB rompeu com o presidente da Câmara.

“Ele disse ter a impressão de que a possibilidade de impeachment perdeu força, que não há nesse momento apoiamento popular, embora o ocorrido nas contas da Dilma [o Tribunal de Contas da União rejeitou a contabilidade de 2014] sejam fato para levar o impeachment adiante”, afirmou o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), aliado de Cunha que participou do jantar. 

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Segundo Cunha, a única possibilidade para retomar o impeachment é se o Congresso ratificar a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) pela rejeição das contas da presidente de 2014. “Se isso acontecer, ele disse que a deflagração do impeachment volta à tona com toda a força, mas que neste ano não há a menor possibilidade de isso acontecer”, completou Rocha.

Já o deputado Darcísio Perondi deu outra interpretação: “para mim, ele não pensa mais nisso de forma alguma. Se decepcionou com o PSDB, que não sabe de que lado fica e agora precisa estar com o governo”.

E, conforme destaca o blog de Gerson Camarotti no G1, a avaliação realista feita pela oposição nos últimos dias é de que o cenário de um impeachment da presidente Dilma Rousseff passou a ser improvável neste momento. “Líderes do DEM e do PSDB reconhecem que o momento mais forte no meio político e na sociedade pelo impeachment foi em agosto deste ano. De lá para cá, a mobilização pela saída de Dilma tem perdido força”, afirma o jornalista.

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De acordo com informações de uma liderança tucana, a única forma de o impeachment voltar a ter adesão na sociedade é com o agravamento da crise econômica.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.