PDT e PTB anunciam saída da base aliada do Governo e se declaram independentes

Partidos anunciaram o distanciamento da base e se declararam independentes em relação às votações da Câmara

Lara Rizério

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Dois partidos da base governista anunciaram na última quarta-feira (5) o distanciamento da base e se declararam independentes em relação às votações da Câmara. Líder do PDT, o deputado André Figueiredo (CE) disse que seu partido não irá mais participar das reuniões dos líderes da base governista e terá, a partir de agora, uma postura de independência em relação ao governo.

Segundo Figueiredo, os próximos passos da legenda serão decididos pela direção nacional.

O líder do PDT afirmou que a gota d’agua para a decisão são as acusações feitas ao partido pela liderança do governo, que tem acusado o PDT de ”traidor”. “Somos tachados de traidores pela liderança do governo. Isso tem sido feito de forma recorrente.” Durante a votação das medidas provisórias do ajuste fiscal, o PDT se posicionou contra a orientação do Palácio do Planalto.

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“Não admitiremos mais sermos chamados de infiéis ou traidores. Nunca traímos a bandeira defendida por Leonel de Moura Brizola, nosso líder maior”, acrescentou Figueiredo. O líder informou que comunicou a posição da bancada ao ministro do Trabalho, o pedetista Manoel Dias, e também ao presidente da legenda, Carlos Lupy.

Figueiredo afirmou que a decisão foi tomada por unanimidade e criticou o fato de a liderança do governo deixar todas as negociações para a última hora. É o caso, segundo ele, do aumento salarial de advogados da União e de outras carreiras que reivindicam vinculação com o teto do funcionalismo (PEC 443/09). 

Deputados do PSDB aplaudiram a decisão como uma mudança do PDT para a oposição. “Bem-vindo à oposição”, disse o deputado Caio Narcio (PSDB-MG). O vice-líder do governo deputado Silvio Costa (PSC-PE) questionou se o partido abria mão do comando do Ministério do Trabalho, já que anunciou o rompimento com a base.

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Líder do PTB, o deputado Jovair Arantes (GO) anunciou no plenário da Câmara que a bancada se reuniu hoje e decidiu assumir posição de independência em relação às votações de interesse do governo. “A bancada declara independência com relação às votações na Casa e reserva o direito de votar como quiser.”

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), informou que, no caso do PTB, tudo foi feito com diálogo. Quanto ao PDT , ele só tomou conhecimento após o discurso do líder do partido no plenário da Câmara. “A bancada declara independência às votações e reserva o direito de votar como quiser”, disse. O partido vai votar a favor do aumento salarial de advogados da União e de outras categorias (PEC 443/09).

Guimarães explicou que a lição tirada, quando foi rejeitado requerimento para retirar de pauta a proposta de emenda à Constituição (PEC 443) e com a decisão das lideranças de votar a matéria hoje, é que “ temos de refazer a base. A ordem é estarmos unidos. Temos de dialogar com os ministros que são das cotas dos partidos. É preciso refazer a base”.

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“Prefiro o rompimento que independência de partidos da base”, disse ele. “Temos de refazer a base. Para refazê-la, temos de também dialogar com os minstros das cotas dos partidos. Do jeito que ficou aqui, não é possível”, ressaltou. 

(Com Agência Brasil e Agência Câmara)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.