Paulo Guedes cancela reunião com Credit Suisse em cima da hora

Cancelamento ocorre após encontro com agentes de mercado gerar ruídos na campanha presidencial 

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Uma reunião restrita entre o Credit Suisse e o coordenador econômico de Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes, foi cancelada na manhã desta quinta-feira (20), apenas algumas horas antes do encontro previsto. A reunião estava prevista para às 18h e os clientes do banco receberam a notícia do cancelamento um pouco antes das 10h. Procurados pelo InfoMoney, o banco suíço, o PSL e a assessoria de Paulo Guedes não se pronunciaram até o fechamento da matéria. 

Cabe ressaltar, que na segunda-feira (17), Guedes recusou o convite para participar do programa Roda Viva, da TV Cultura. O cancelamento ocorre após outro encontro de Guedes com agentes de mercado gerar ruídos na campanha para a presidência. 

No início da semana, o “posto Ipiranga” de Bolsonaro fez uma apresentação a uma plateia restrita reunida pela gestora independente GPS Investimentos e teria citado a intenção de implementar um novo imposto aos moldes da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), segundo informações publicadas pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

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A situação gerou mal estar e ruído sobre a campanha de Bolsonaro, que telefonou para seu guru econômico para cobrar explicações sobre o assunto. Conforme o coordenador da campanha em São Paulo, deputado Major Olimpio, informou à Reuters, Bolsonaro não tinha sido consultado pelo economista sobre o assunto. 

Segundo Olimpio, o candidato conversou logo cedo com Guedes sobre a proposta, assim que tomou conhecimento dela pela imprensa. Vale lembrar que o candidato segue internado da unidade de terapia semi-intensiva do Hospital Albert Einstein após receber uma facada em evento de campanha. 

Vale destacar que, segundo o Broadcast, diante dos ruídos, Bolsonaro pediu tanto para que Guedes quanto para que o seu vice, Hamilton Mourão, reduzam suas atividades eleitorais. 

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Em entrevista ao jornal O Globo, Guedes admitiu que a criação de um imposto sobre transações financeiras está em análise pela campanha, mas a medida não significaria aumento de carga tributária. De acordo com Guedes, a ideia seria substituir impostos federais por um novo tributo, um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) e não criar uma nova tributação. A informação teria sido deturpada, segundo Olimpio. 

“Isso acabou levando um susto a todos nós”, admitiu o coordenador da campanha. “Nada disso foi submetido à consideração do presidente [Bolsonaro]”, completou.

Leia mais: “Nova CPMF”: em que contexto a proposta de Paulo Guedes seria aceitável?

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Ainda ontem Bolsonaro usou seu perfil no Twitter para negar planos de aumentar impostos. “Ignorem essas notícias mal intencionadas dizendo que pretendemos recriar a CPMF. Não procede. Querem criar pânico pois estão em pânico com nossa chance de vitória. Ninguém aguenta mais impostos, temos consciência disso”, escreveu.

Guedes é conhecido como o “posto Ipiranga” de Bolsonaro, para quem todas as questões sobre economia são direcionadas, e comandará o Ministério da Fazenda caso o candidato do PSL seja eleito.

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